Inflação entre idosos cresce acima da taxa acumulada do IPC-BR
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no terceiro trimestre de 2018, variação de 0,69%. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 5,15%. Com este resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, que foi de 4,64%, no mesmo período.
Na passagem do segundo trimestre de 2018 para o terceiro trimestre de 2018, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 1,61 ponto percentual, passando de 2,30% para 0,69%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 2,50% para -1,57%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi hortaliças e legumes, que variou -31,93%, no terceiro trimestre, ante 12,31%, no anterior.
Contribuíram também para o decréscimo da taxa do IPC-3i os grupos Habitação (3,08% para 1,74%), Saúde e Cuidados Pessoais (2,55% para 1,20%), Transportes (2,39% para 0,73%) e Vestuário (1,05% para -0,55%). Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (13,97% para 5,27%), medicamentos em geral (3,17% para 0,47%), gasolina (7,83% para 1,79%) e roupas (1,26% para -1,01%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,98% para 2,21%), Comunicação (0,09% para 0,22%) e Despesas Diversas (0,35% para 0,66%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Os itens que mais contribuiram para estes movimentos foram: excursão e tour (-4,29% para 7,40%), tarifa de telefone residencial (-1,41% para 0,00%) e cigarros (0,01% para 2,63%).