Seguro repõe faturamento ao produtor em caso de perdas

Seguro repõe faturamento ao produtor em caso de perdas

Os impactos financeiros causados por eventos climáticos e redução do preço do produto são as principais preocupações do produtor, que investe boa parte de seus recursos financeiros e limite de crédito em insumos, mão de obra, terra e maquinário sem saber se terá bom faturamento com a safra.

Para minimizar os riscos de eventuais perdas, uma alternativa aos seguros agrícolas tradicionais é a modalidade “faturamento”, que protege a lavoura de adversidades climáticas e queda de preços na colheita. O grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre oferece o produto “BB Seguro Agrícola Faturamento” às culturas de soja, milho e café. O seguro indeniza o produtor nos casos de perdas climáticas, tais como: seca, chuva excessiva, entre outras coberturas que venham a causar danos a lavoura segurada, e também nos casos em que ocorre a queda no preço da cultura segurada no mercado, segundo média da bolsa de mercadorias e futuros, quando o faturamento obtido com a lavoura for inferior àquele segurado pela apólice.

“O objetivo é deixar o produtor tranquilo para investir na produção porque, se o clima causar perda de produtividade e/ou houver queda de preço de mercado da cultura no momento da colheita, o faturamento obtido pelo produtor será menor, mas a seguradora garantirá parte do valor esperado pela venda da safra”, explica Paulo Hora, diretor técnico de Seguros Rurais do Grupo.

Como funciona na prática

Considerando uma plantação de 100 hectares em um município onde a produtividade média esperada é de 60 sacas por hectare e o preço esperado da cultura segurada na época da colheita em data de execução pré-fixada na apólice segundo referencial da BM&F Bovespa seja R$ 80 por saca, por exemplo, o faturamento esperado será de R$ 480 mil.

Adquirindo o BB Seguro Agrícola Faturamento, o produtor poderá garantir um percentual entre 60 e 80% do valor esperado em caso de perdas por algum evento climático amparado pelo seguro ou redução de preço, , conforme a cultura e município. Supondo que o produtor contrate um nível de cobertura de 70%, o Faturamento Garantido pela apólice será se R$ 336 mil.

Ainda seguindo o exemplo, supondo que o produtor tivesse perdido produtividade em decorrência de uma seca e a seguradora tivesse apurado que a produtividade média obtida na área segurada foi de 30 sacas por hectare, com preço do produto R$ 50 por saca no mercado físico na data de execução estipulada na apólice. Nessa situação, o Faturamento Obtido seria de R$ 150 mil, considerando também a variação cambial, uma vez que o preço é referenciado em dólar. Ou seja, a seguradora indenizaria a diferença entre o Faturamento Obtido e Faturamento Garantido na apólice, que no exemplo sugerido acima seria de R$ 186 mil.

“Caso sofra redução de produtividade em razão de algum evento climático garantido pela apólice, o produtor deverá comunicar a ocorrência à seguradora, que enviará um perito para apurar as perdas. A redução de preço da cultura não precisa ser comunicada, pois esta variável é analisada automaticamente pela seguradora e indenizada quando for o caso, mesmo que não tenha sido comunicado o sinistro”, explica Hora.

Critério para contratar

Para a contratação do “BB Seguro Agrícola Faturamento” é necessária a apresentação do croqui da área segurada com pontos georeferenciados que estabeleçam sua localização e limites, além da assinatura da Proposta de Adesão e do Termo de Responsabilidade.

É condição essencial para aceitação do seguro que o plantio (ou replantio) seja realizado dentro do período e das condições estabelecidas pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

Contratações antecipadas

Clientes que adquirem o produto no primeiro semestre do ano para as culturas da soja e do milho terão cobertura para o ano safra que ainda irá se iniciar a partir do segundo semestre, com data de execução distante, prevista para o primeiro semestre do ano seguinte. Ocorre nesses casos que o referencial de preço da BM&FBovespa no momento da contratação ainda não consolidou suas expectativas de preço para a colheita e a seguradora oferece em meados de Outubro/Novembro a possibilidade de realização de endosso da apólice, ajustando a expectativa do produtor rural com relação ao faturamento a ser obtido com a lavoura. É fundamental que o produtor rural considere endossar a apólice, a fim de que a cobertura securitária tenha sua efetividade potencializada.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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