Confiança do brasileiro na tecnologia caiu 10% no segundo semestre de 2018

Confiança do brasileiro na tecnologia caiu 10% no segundo semestre de 2018

O Indicador de Confiança Digital (ICD) é uma pesquisa contínua que mede a perspectiva do brasileiro em relação à tecnologia frente a mudanças políticas, sociais, econômicas, ambientais ou mesmo tecnológicas. Em sua segunda publicação o ICD apresentou uma queda de aproximadamente 10% em seu desempenho, passando de 3,9 para 3,4 (numa escala que vai até 5).

Uma das razões apontadas pelos entrevistados foi o conturbado momento das eleições presidenciais. “Esse cenário de extrema polarização inundou a internet de conteúdo sobre o tema. Entre ideias, ataques e mentiras, o assunto foi pauta de inúmeras conversas pessoais além dos grupos de amigos e família no Facebook e WhastApp. As pessoas ficaram esgotadas”, afirma André Miceli, Coordenador do MBA de Marketing Digital da FGV e responsável pela pesquisa.

A pesquisa mediu a opinião dos brasileiros sobre a tecnologia através da avaliação de sete afirmações. A avaliação resulta em uma porcentagem que demonstra a perspectiva do brasileiro com relação a tecnologia, quanto mais próximo de 100% maior a confiança.

Discussão

“Agora os ânimos estão mais calmos, mas isso deve mudar. Com a posse do presidente eleito, o tema deve ressurgir durante os primeiros 100 dias de governo e a oposição apontará qualquer falha, incoerência ou agendas que não concorda – o que é normal. Mas, dessa vez, a discussão deverá ser menos intensa, teremos uma manifestação menor do que nas eleições. Por isso, não será uma surpresa se o índice subir”, afirma Miceli.

A partir desta segunda edição do ICD será possível identificar quais comportamentos são padrões e quais são anomalias e sazonalidades. Os mais jovens, com idade de 13 a 17 anos, mais uma vez, se mostraram como a faixa-etária menos otimista, tendo novamente a menor pontuação. Essa faixa apresenta um paradoxo interessante: são consumidores ávidos de tecnologia, apresentam o melhor desempenho na pergunta “a internet me ajuda a relaxar” e, por outro lado, apresentam o pior resultado ao dizer que a tecnologia vai gerar novos empregos.

Mais uma vez a pesquisa mostrou é que o brasileiro, de uma forma geral, é otimista quando o assunto é internet e tecnologia. A pesquisa coleta dados há um ano e já participaram milhares de pessoas de todas as idades, regiões do Brasil, com renda e níveis de escolaridade diversos. Curiosamente, quase 90% dos entrevistados concordam parcial ou totalmente com a afirmação “espero sempre o melhor da tecnologia.

Outro comportamento que se apresentou novamente foi o otimismo da faixa acima de 65 anos. Os idosos tiveram um dos resultados mais altos na primeira edição do estudo e, agora, tiveram o melhor desempenho. Eles apresentam os resultados mais altos em 3 dos 7 indicadores.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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