Os tempos mudaram, mas vitrines continuam sendo as vendedoras silenciosas do varejo
Chamadas pelo varejo de comissão de frente ou vendedoras silenciosas, as vitrines servem o comércio varejista desde o final do século 19, quando a indústria conseguiu produzir as primeiras vidraças de grandes proporções. Foram elas que durante muitos anos anunciaram as novidades comerciais, os lançamentos, as trocas de estações, as promoções e construíram as referências do varejo. Aos poucos, foram ganhando novos recursos visuais, novos formatos, cores, componentes e itens decorativos, que acabaram por potencializar seu papel nas vendas.
Hoje, a função das vitrines vai muito além da exposição de mercadorias e está relacionada à estratégia de construção de uma marca. Outro ponto importante de uma vitrine é que ela é o primeiro ponto de contato entre a marca e o cliente. Estudos mostram que são apenas três segundos para conseguir a atenção de quem passa na frente da loja e por essa razão é chamada por muitos de vendedora silenciosa.
As posições de cada manequim, os diferentes materiais e acabamentos utilizados, a quantidade de detalhes, a possibilidade de usar diferentes estilos de perucas e maquiagem permitem que cada vitrine transmita a cara de determinada marca.
O que de fato, pode ser feito para que uma vitrine seja atraente? Como convencer o consumidor, mesmo com a renda comprometida, a ver de perto o conteúdo da loja?
Só para se ter uma ideia, 85% das vendas registradas em lojas físicas começam pelas vitrines. Portanto, é fundamental delimitar bem o objetivo de cada vitrine. Tudo precisa ser bem pensado para que os olhares dos clientes enxerguem exatamente o que a marca deseja transmitir.
Outra dica dos especialistas de varejo para despertar interesse nos consumidores é deixar a vitrine ser guiada pelo propósito da marca. Cada vez mais os consumidores querem entender o porquê e para que cada marca foi criada e isso, além de um tema para a vitrine, pode ser um diferencial diante da concorrência.
Outro detalhe: a vitrine também serve para quantificar o fluxo de consumidores que entraram na loja. Se os produtos expostos estão tendo maior saída é por que a vitrine está funcionando. Caso contrário, algo está errado. Então é fundamental que o lojista se certifique se há erros na montagem da vitrine, reformule a concepção dos manequins e continue medindo os resultados.
Por fim, a vitrine deve ser renovada periodicamente para não cansar o consumidor. Também é importante focar essa mudança nas datas comemorativas para, assim, atingir as pessoas na hora certa.