
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro teve a maior queda diária desde março nesta quarta-feira (14), impactado pelo pessimismo global diante de dados econômicos ruins e de preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
O Ibovespa caiu 2,94%, a 100.258,01 pontos, maior queda diária desde 27 de março. O giro financeiro somou 40,3 bilhões de reais, já somados o volume movimentado com vencimento de opções do Ibovespa e de índice futuro.Dados de China e da Alemanha trouxeram apreensão sobre o efeito do embate comercial na atividade mundial, com a produção industrial chinesa desacelerando em julho para uma mínima em mais de 17 anos e o PIB alemão encolhendo no segundo trimestre.
Economistas do Morgan Stanley calculam que o crescimento global desacelere para 2,8% ao ano no final de 2019 se as tarifas anunciadas recentemente entrarem em vigor e permaneça entre 2,8%-3% ao ano no primeiro semestre de 2020.De acordo com a equipe do banco norte-americano, o limiar de uma recessão global é um crescimento de 2,5%.
Na Argentina, outro foco de tensão recente, o presidente Mauricio Macri anunciou medidas para aliviar a situação econômica após o estresse decorrente do ambiente eleitoral. Macri disse que conversou com o rival Alberto Fernández, que expressou disposição em manter os mercados calmos em caso de eventual transferência de poder.
As maiores quedas ficaram com as ações: KROTON ON NM (−11.55%); EMBRAER ON (−5.85%); ELETROBRAS ON(−5.69%); GOL PN (−4.46%) e COSAN ON (−5.45%).
As ações mais negociadas na Bovespa foram:IBOVESPA (−3.52%); PETROBRAS PN (−3.37%); VALE ON (−3.48%);
B3 ON (−4.71%) e ITAUUNIBANCO PN (−2.20%).