Indústria de fundos registra R$ 16,2 bilhões de resgates no primeiro semestre

Indústria de fundos registra R$ 16,2 bilhões de resgates no primeiro semestre

A indústria brasileira de fundos de investimento encerrou o primeiro semestre de 2020 com resgates líquidos de R$ 16,2 bilhões (diferença entre aplicações e resgates). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a queda foi puxada, principalmente, pelos fundos de renda fixa com saídas líquidas de R$ 95,2 bilhões no período.

“Pela própria crise, uma parte dos resgates foi feita por investidores para honrar compromissos e obrigações. Investimentos em renda fixa são muitas vezes reserva de liquidez e essa categoria é a primeira a sofrer resgates desta natureza”, explica Carlos André, vice-presidente da Anbima.

Fundos de ações e multimercados

Apesar da queda da indústria, os fundos de ações e multimercados se destacaram pela captação líquida positiva no período. Os primeiros encerraram o semestre com R$ 49,5 bilhões. O montante é 89% superior na comparação com a primeira metade de 2019. Além do desempenho positivo no período, a classe de ações não teve nenhuma saída líquida mensal nos últimos 21 meses, ou seja, desde dezembro de 2018. Os multimercados tiveram captação líquida positiva de R$ 30,9% bilhões contra R$ 25,2 bilhões em 2019.

“Com patamar muito baixo de taxas de juros, os investidores percebem que a renda fixa tradicional é um porto seguro, mas entrega pouco retorno. Além disto, podemos destacar o trabalho educativo dos assessores das plataformas de distribuição e dos próprios bancos”, afirma Carlos André.

Crise do subprime

O desempenho de 2020 se mostra superior na comparação com a crise do subprime, em 2008. Até o quatro mês da crise, os resgates líquidos em 2008 representaram 4,3% do patrimônio líquido pré-crise, enquanto em 2020 as saídas corresponderam a 2,1% do estoque pré-pandemia.

Sobre os sinais de retomada, o vice-presidente destaca a melhora dos resultados ao longo dos meses. Junho, por exemplo, encerrou com captação líquida positiva de R$ 50,1 bilhões. Além disto, chama atenção para a retomada das operações do mercado de capitais que impactam, positivamente, o comportamento da indústria de fundos. “A perspectiva
que enxergamos é um retorno ao ciclo anterior, com a captação se recuperando e boa representatividade das classes de ações e multimercados”, conclui.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *