Microempreendedores têm desafios assustadores para 2021

Microempreendedores têm desafios assustadores para 2021

A crise econômica dos últimos anos contribuiu para o aumento do  trabalho informal. A quantidade de pessoas realizando atividades caracterizadas pela falta de vínculos empregatícios ou registros formais vem aumentando ao longo das últimas décadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a informalidade supera os 50% em 11 estados brasileiros.

Esse movimento pode ser explicado por conta de algumas vantagens imediatas, como o aumento de renda e a autonomia que a atividade informal proporciona. 

Entenda o que é o trabalho informal 

Por definição, o trabalho informal compreende toda e qualquer atividade econômica que gere renda, mas que não compreende um vínculo empregatício. 

Dito isso, ao longo das últimas décadas, um fator social tem contribuído muito para o aumento da concorrência entre os microempreendedores nas cidades, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte: a urbanização. Ademais, o desemprego, impulsionado sobretudo pela crise econômica, também tem sido outro fator relevante para a ampliação das atividades informais em todo o Brasil. 

De acordo com especialistas, a queda do desemprego no ano de 2019 foi impulsionada pelo aumento da informalidade e da atuação dos microempreendedores, que atingiu 41,1%, maior nível desde 2016, e bateu recorde em 19 estados, além do Distrito Federal.

Também é preciso levar em consideração fatores mais complexos que levam ao aumento do número de microempreendedores, não só no Brasil, mas ao redor do mundo: as altas taxas de juros, a crescente inflação crescente e até mesmo as burocracias governamentais, aliadas a uma série de regras e normas previstas nas leis trabalhistas das regras previstas nas leis trabalhistas.

Quais são as principais vantagens do trabalho informal realizado pelos microempreendedores

Apesar do trabalho informal já ter sido entendido em anos passados como uma solução temporária de geração de renda, hoje, as atividades desenvolvidas por esses microempreendedores ganharam popularidade por conta das vantagens que trazem. As principais são:

  • Liberdade e autonomia para gerir os negócios;

  • Flexibilidade de horários na jornada de trabalho;

  • Rendimentos mais rápidos e às vezes até imediatos;

  • Diminuição da burocracia com vínculos empregatícios;

  • Garantia de amparo da previdência social, desde que o microempreendedor contribua de maneira mensal para garantir seus direitos.

Conheça algumas atividades que caracterizam trabalho informal realizado por microempreendedores

Diversas atividades que estão presentes no cotidiano são desenvolvidas por microempreendedores. É importante destacar que todas essas atividades se enquadram no setor terciário da economia, ou seja, aquele que integra serviços, turismo e o comércio; e no primário, com a agricultura, a pecuária, a indústria e até mesmo as atividades extrativistas.

Alguns principais exemplos são:

  • Freelancers;

  • Feirantes;

  • Motoristas de aplicativo;

  • Catadores de recicláveis;

  • Vendedores e revendedores;

  • Pedreiros;

  • Domésticas;

  • Panfleteiros;

  • Pintores; dentre outros. 

Como será o mercado para microempreendedores em 2021?

As estimativas de especialistas em economia são de que em 2021, o mercado dos microempreendedores esteja ainda mais concorrido, por isso, é importante estar atento aos setores mais promissores para o próximo ano. 

Produtos de fabricação artesanal

A procura por produtos personalizados vem aumentando. Esse fator, aliado ao movimento que incentiva o consumo de produtos locais, faz com que o trabalho com produção artesanal seja uma tendência interessante para o próximo ano. 

Dados da Associação Brasileira de Indústria de Café e Associação Brasileira de Cerveja Artesanal – Abracerva, indicam que os bens artesanais mais procurados são as cervejas e os cafés (aumento de 35% e 15%, respectivamente, em relação ao levantamento anterior).

Limpeza, saúde e entretenimento

Outro hábito que está em pleno crescimento especialmente por causa da pandemia – e que irá perdurar na sociedade – é o de serviços de limpeza. Por isso, apostar na revenda de desinfetantes, álcool em gel, além de produtos antibacterianos, antivirais e anti-sépticos pode ser uma ótima área para microempreendedores. 

Consumo sustentável

‍A pandemia fez com que diversas pessoas passassem a repensar hábitos de consumo e o impacto ambiental e social que os produtos causam. Por isso, oferecer mercadorias que prezam pelo consumo consciente pode ser um negócio de destaque em 2021.

Como exemplo de vertente a ser seguida está a população vegetariana (14% dos brasileiros, segundo o Ibope). Pensando nisso e no mercado de cosméticos que, segundo dados do Laboratório de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) é um segmento que cresce entre 8 e 25% ao ano no mundo, investir neste segmento pode ser uma ótima oportunidade. 

‍Empreendedorismo digital

Não é surpresa para ninguém que o comércio online disparou em 2020 e essa tendência só irá aumentar no próximo ano. De acordo com dados da Nielsen, o comércio digital cresce até cinco vezes mais do que as vendas offline e isso inclui vendas por aplicativos e até mesmo aquelas realizadas em grupos de redes sociais. 

Como se destacar em um mercado competitivo

Projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea indicam que os impactos causados pela crise impulsionada pela pandemia de COVID-19 devem se estender até 2021. Por isso, será preciso se destacar em meio a um mercado concorrido. 

O microempreendedor que desejar se destacar deverá traçar algumas metas e objetivos, como a profissionalização do trabalho para oferecer um produto ou serviço com qualidade mais elevada e que sobressaia em relação aos demais. 

Para se profissionalizar, o microempreendedor pode contar com uma série de cursos online gratuitos, como os oferecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, que dão dicas de gestão e empreendedorismo. 

Porém, para quem deseja ir além e investir no futuro do negócio, há opções de cursos profissionalizantes. No entanto, alguns deles exigem um investimento em dinheiro. Neste caso, o Bom Pra Crédito pode ajudar, oferecendo empréstimos online a taxas acessíveis e sem burocracias para quem desejar uma solução que possibilite impulsionar os negócios e, desta forma, se destacar. 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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