Mais de 102 milhões de brasileiros devem fazer compras de Páscoa neste ano
Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 102,7 milhões de brasileiros devem fazer compras para a Páscoa neste ano. E com a necessidade de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, as compras à distância através do e-commerce são uma tendência.
Em 2020, na semana de Páscoa, os ovos representaram 77% das vendas do e-commerce no Brasil. Segundo estudo da Kantar, famílias que receberam o auxílio emergencial tiveram gasto médio 8% maior na categoria de chocolates em relação aos que não receberam. Neste ano, sem o auxílio, o cenário é desafiador para o setor. Os dados do levantamento da CNDL e SPC mostraram ainda que 64% das pessoas pretendem comprar presentes e chocolates para a Páscoa, enquanto 19% não devem comprar e 16% não se decidiram.
“Muitas pessoas gostam de consultar preços na internet e ir comprar pessoalmente, mas com a pandemia se agravando cada vez mais, muitos consumidores estão comprando no varejo online para garantir que o produto seja entregue em casa de forma segura e rápida”, afirma Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX.
E a variedade de opções não falta. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) revelam que, neste ano, a indústria entregou cerca de 100 lançamentos, entre ovos de chocolates, bombons, caixas sortidas, barras e chocolates presenteáveis. Grandes varejistas já firmaram também parcerias também com apps de delivery como Rappi, iFood e Cornershop, o que agiliza a entrega e permite ao consumidor ter maior variedade de canais para as compras.
“O comércio eletrônico deu um salto em 2020, atingindo mais de 10% de todas as vendas do varejo nacional. O crescimento foi de mais de 100% nesse período de pandemia. Muitos consumidores que não gastaram dinheiro com viagens e entretenimento estão aproveitando oportunidades para comprar itens para a casa e também para presentear familiares e amigos que estão distantes”, comenta o especialista.
“A taxa de contaminação em relação ao novo coronavírus tem aumentado e as recomendações de isolamento social estão sendo reforçadas nesse momento. Então, a expectativa é grande para as vendas pela internet. Os varejistas já estão preparados, pois estão atuando com demanda alta já há um ano, desde que a pandemia começou. As empresas de delivery entraram no hall de serviços de entregas de e-commerce fazendo o lastime e permitindo a entrega rápida”, completa.
O Brasil está entre os cinco maiores consumidores do mundo de chocolate. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (ABICAB), a produção brasileira foi de mais de 750 mil toneladas só em 2020.
Sobre Felipe Dellacqua: É sócio da Vtex, plataforma global de comércio eletrônico líder na América Latina, com presença em mais de 30 países. Especialista em e-commerce e varejo com mais de 14 anos de experiência prática nesse mercado. Presidente da ABECOM-CB (Associação Brasileira de E-commerce Cross-Border), Dellacqua foi um dos embaixadores do cross-border no país, sendo responsável pela criação do Movimento Brasil Global, programa de aceleração da globalização de empresas brasileiras de varejo, tendo sido um dos pioneiros do e-commerce cross border no Brasil. Ministra cursos de MBA na Unicamp, ESPM, Faculdade Impacta e faz parte da banca de mentores do MBA de empreendedorismo da FIAP. É também um dos fundadores da Fundamentos Digitais, focada em e-commerce. Empreendedor serial do mercado digital desde 2006 e fundador de 4 empresas. Formado em Comunicação Visual pela PUC-RJ com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela FGV-SP.