Mercado de luxo vive o melhor momento pós pandemia. Vale a pena investir?

Consumir produtos, serviços e experiências que envolvem o luxo é um desejo bastante comum. Para além de gastar, porém, o mercado de produtos de alto padrão passou a ser alvo de investimentos devido ao seu comportamento positivo durante o pré e pós pandemia. Segundo dados da Bain & Company, o segmento cresceu entre 17% e 19% nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, significativamente acima da média do ano passado, quando expandiu aproximadamente 3% sobre 2019, último ano pré-pandemia. A recuperação do setor frente aos impactos causados pela crise sanitária mundial, inclusive, foi superior às expectativas. Em todo o ano de 2021, foram movimentados cerca de 288 bilhões de euros em valor de produtos, superando as projeções iniciais de 283 bilhões de euros feitas também pela Bain & Company.

No Brasil, entre as empresas focadas em consumidores de alto padrão, o marketplace Front Row, especializado em venda, revenda e curadoria de peças de moda de luxo, se destacou no último ano e registrou um salto de 78% no faturamento em relação ao ano anterior, com o ticket médio das compras crescendo 30% e chegando a R$13 mil. De acordo com a CEO da empresa, Lilian Marques, há uma forte valorização dos artigos de luxo que tem movimentado especialmente o mercado de second hand, o que, segundo ela, ilustra bem como os investimentos no setor podem ser atrativos.

“Somente nos seis primeiros meses do ano (2022), a bolsa Chanel padrão, por exemplo, teve valorização de 15%, enquanto todos os outros ativos exibem rentabilidade negativa: Ibovespa (-5,87%), dólar (-6,22%), ouro (-8,18%) e Bitcoin (-57,83%)”, diz.

Em relatório divulgado nesta semana, a XP Investimentos destacou o bom momento para investir no mercado que envolve serviços e artigos de luxo, que vão desde roupas, sapatos, carros, até cosméticos e produtos de higiene pessoal. Três fatores, segundo analistas, explicam o cenário positivo: o consumidor de alto padrão se beneficiar da formação de poupança circunstancial observada durante da pandemia; a reabertura econômica, com a volta dos eventos que movimentam o setor; e o mercado consumidor menos afetado pela inflação, o que sustenta uma demanda pouco elástica.

“As empresas focadas no público de alta renda conseguem repassar o aumento de custos de forma mais eficiente, aumentando os preços sem que isso reflita diretamente na perda considerável de vendas. O impacto acontece, mas é menor”, afirma a analista da área de research da XP Investimentos, Pietra Guerra.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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