Brasil pode superar os Estados Unidos na exportação de milho em 2023

Brasil pode superar os Estados Unidos na exportação de milho em 2023

Com produção em alta, País se destaca como líder mundial nas exportações do cereal

O Brasil poderá superar, este ano, a exportação de milho dos norte-americanos. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil pode ocupar a liderança mundial nas exportações do cereal em 2023, com um total de 50 milhões de toneladas.

De acordo com as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, estima-se que as exportações do setor atinjam a marca de 48,897 milhões de toneladas, demonstrando um declínio também na produção deste ano, com um volume de 349 milhões de toneladas em comparação com as 383 milhões de toneladas registradas em 2022.

Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, é necessário acompanhar a valorização do real frente ao dólar como maneira de prever a lucratividade da atividade durante 2023. “Estamos vivendo um processo de valorização da nossa moeda internacionalmente. Isso deixa o nosso produto mais barato, mas pode afetar a lucratividade dos produtores locais. Esse desafio deve ser pensado, principalmente quando consideramos a capacidade de produção do nosso país”,  completou Pizzamiglio.

Recentemente, os estrategistas do banco de investimento Goldman Sachs revisaram suas projeções para o câmbio brasileiro, prevendo que o dólar atingirá R$ 4,40 até o final do ano. Essa visão otimista é impulsionada pela queda nos dados de inflação e pela melhoria do rating do Brasil pela S&P Global. O relatório também reduziu as projeções do dólar para R$ 4,60 nos próximos três meses, R$ 4,40 nos próximos seis meses e R$ 4,40 em um período de 12 meses. O Goldman Sachs também prevê uma recepção positiva do Banco Central em sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), abrindo caminho para uma redução da taxa básica de juros (Selic) já em agosto, que atualmente está em 13,75% ao ano.

“Com a safra de milho da segunda safra se aproximando e o histórico aumento do fluxo de exportação a partir de agosto, é esperado que os volumes de embarques continuem crescendo. No entanto, tanto no mercado físico brasileiro quanto no internacional, estamos observando uma desvalorização dos preços devido ao avanço da colheita da safrinha, o que tem enfraquecido a demanda pelo cereal”, afirmou Pizzamiglio.

Preços no mercado futuro

Os preços futuros do milho encerraram a segunda-feira (03) com pouca variação na Bolsa Brasileira (B3), oscilando entre R$ 53,05 e R$ 62,23. Analistas indicam que a chegada da safrinha trará pressão negativa às cotações, uma vez que grandes volumes de milho ainda serão colhidos. Em junho, as exportações de milho alcançaram 1.034.282 toneladas, um aumento de 4,54% em relação ao mesmo período do ano passado.

Porém, o cenário é observado positivamente por Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores indústrias de fertilizantes do país. Para o executivo, “a área de produção brasileira vem crescendo ao longo dos anos, resultando em novos recordes a cada ciclo. Internamente, os Estados vêm protagonizando suas especialidades e técnicas, gerando resultados que impactam na nossa visibilidade agronômica no mercado mundial”, avaliou. Segundo o executivo, os resultados positivos são um reflexo da produção e do crescimento do segmento nos últimos anos.

Além disso, Sodré também afirma a importância da questão climática para a produção do cereal no Brasil. “É necessário manter pesquisas no radar para que especialistas do Agro e pesquisadores possam se adaptar em busca de alcançar maiores tetos produtivos. Se mantivermos o ritmo de investimentos, aprimoramento de técnicas e desenvolvimento tecnológico, novos recordes serão batidos nas próximas safras”, finaliza Sodré.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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