Criações de suínos e de galináceos atingem recordes
Paraná ocupa a primeira posição na produção de frangos
Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE aponta que a criação de suínos e de galináceos atingiram recordes. O rebanho de suínos cresceu 4,3% em 2022, chegando ao recorde de 44,4 milhões de animais. A Região Sul reúne 51,9% do efetivo nacional. Com a Peste Suína Africana na China, o crescimento do rebanho de matrizes e de suínos foi estimulado, e passamos a ter a China como principal destino das nossas exportações de carne. Além disso, as associações ligadas ao setor vêm trabalhando para reduzir os gargalos no consumo interno de carne suína, trazendo novos cortes e facilidades no preparo, e o consumo per capita nacional vem crescendo.
O efetivo de galináceos subiu 3,8% também atingindo o recorde de 1,6 bilhão de animais, com destaque para o Paraná com 470,3 milhões (29,7%). A Região Sul lidera com 49,3%. O Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a Região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de frangos do Brasil. Em 2022, o Brasil teve incrementos no abate e nas exportações, esta última influenciada pelos casos de gripe aviária nos principais países produtores de frangos, visto que o Brasil é livre da doença.
Cascavel (PR), em 2021 e em 2022, manteve a maior quantidade de galináceos do País (21,1 milhões de cabeças), seguido agora por Itaberaí (GO), com 16,2 milhões de galináceos, e por Santa Maria de Jetibá (ES), com 15,7 milhões de galináceos, dos quais 13,0 milhões são galinhas, o maior efetivo do país.
Criação de galinhas cresceu 2,4%
O efetivo nacional de galinhas em 2022 chegou a 259,5 milhões e o Sudeste foi responsável por 35,1% desse total, ou 91,2 milhões de animais. Entre as unidades da federação, São Paulo lidera, com 21,2% do total nacional de galinhas. Santa Maria de Jetibá (ES), com 13,0 milhões de galinhas, tem o maior efetivo do país, seguido por Bastos (SP), com 11,0 milhões e Primavera do Leste (MT) com 4,3 milhões de galinhas.
A produção de ovos de galinha subiu 1,3% para o recorde de 4,9 bilhões de dúzias. O Sudeste destaca-se com 39,9%, seguido do Sul com 23,1% e o Nordeste, com 19,6%. O ovo, por muitos anos tratado como vilão, hoje é reconhecido como um produto saudável. O preço mais acessível também influencia em uma demanda crescente por essa proteína, levando a recordes sucessivos na produção coletada na pesquisa. Parte destes ovos também são destinados à incubação e viram frangos de corte, atividade que também esteve em expansão em 2022.