Bitcoin ultrapassa US$ 57 mil nesta terça-feira

Bitcoin ultrapassa US$ 57 mil nesta terça-feira

Em fevereiro, ativo acumula valorização de mais de 32%

O Bitcoin chegou a mais de US$ 57 mil nesta terça-feira (27), ultrapassando os valores de dezembro de 2021.  Considerando o mês de fevereiro, o ativo já acumula uma alta de mais de 32%. Há especulações de que o Bitcoin chegue a US$ 150 mil  até o final deste ano e a US$ 1,5 milhão até o final da década, mas a verdade é que qualquer número é incerto, especialmente nesse contexto. “Já é evidente que 2024 certamente será um dos anos mais importantes na história do BTC, a principal criptomoeda do mercado”, destaca Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, empresa de tecnologia blockchain multiprodutos, que é líder do mercado cripto na América Latina.

Segundo Serrano, devido à tão esperada aprovação de ETFs à vista nos Estados Unidos, em janeiro, foi possível analisar que o Bitcoin já começou o ano de uma maneira espetacular. Além disso, o iminente halving, com previsão para ocorrer entre abril e maio, vai reduzir pela metade a recompensa aos mineradores e deve gerar uma recuperação muito sólida nos preços do ativo, o que poderia permitir a busca de novas máximas históricas ainda neste ano. “Como a inflação global continua aumentando – e ficou claro que não se trata apenas de um problema relacionado à pandemia – a adoção cripto e, em particular, do Bitcoin, continua crescendo”, informa.

Vale lembrar que a criptomoeda já acumulava um aumento de 140% em 2023.

Segundo o CoinMarketCap, no começo de fevereiro, o Bitcoin foi negociado a US$ 52 mil, entregando assim ganhos de 15%. No entanto, as saídas no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) diminuíram nas últimas semanas, e os fluxos para os demais produtos financeiros dispararam. Inclusive, ​​desde o começo do ano, a oferta adquirida por detentores de curto prazo (STH) aumentou em 400 mil BTC, com uma parcela significativa atribuída aos fundos e ETFs, mas outros investidores não ficaram muito atrás, conseguindo pouco menos de 200 mil BTC.

Recentemente, houve um investimento de um montante líquido em um lote de ETFs spot de Bitcoin no valor de US$ 6,1 bilhões, o que mostra uma demanda cada vez maior por esse ativo. Além disso, segundo dados do site Coinglass, entre segunda (26) e terça-feira (27) foram liquidadas cerca de US$ 162 milhões em posições vendidas do BTC, o que representa um dos maiores números em dois dias, desde 30 de novembro.

Com base nas experiências de halvings anteriores (2012, 2016 e 2020), a desaceleração resulta em tendências de alta acentuadas que geralmente se espalham pelo Ethereum e por todo o ecossistema de altcoins, alerta o CEO da Ripio.

“Em todos os ciclos anteriores, a demanda começou a esquentar meses após o halving, mas agora estamos observando uma maior atividade antes do halving e isso foi antecipado devido a uma forte demanda que era esperada com a aprovação dos ETFs. Analisando este contexto, muito provavelmente será um ciclo intenso, mas talvez mais curto. A verdade é que há incerteza em relação a isso porque também há quem fale de um superciclo que vai durar muito tempo. O que está claro é que os ETFs são importantes para o mercado cripto e estão exigindo e atraindo muito capital. O halving está se aproximando e pode impactar positivamente esse mercado”, explica Serrano.

Na Ripio, é nítido o aumento do interesse dos usuários pelo Bitcoin, informa Serrano. Em janeiro deste ano, o token representou 40% do total de compras no app da Ripio globalmente. Isso corresponde a um aumento de cerca de 30% na comparação com dezembro de 2023.

Vale ressaltar que o Ethereum (ETH) continua sendo a segunda rede e criptomoeda mais importante do ecossistema. “Apesar disso, é improvável que ela ganhe uma grande participação de mercado no curto prazo, porque no nível de investimento o ETH está em um meio-termo entre o BTC, que define tendências, e as altcoins de pequena capitalização, para as quais muitos fundos estão se movendo rapidamente em busca de melhores retornos em corridas de alta. Da mesma forma, o Ethereum mantém fundamentos muito sólidos e continua a otimizar seus aspectos técnicos desde que a fusão (mudança operacional na rede que modifica como o token é minerado) começou em setembro de 2022. Ao ponto de que o ETH já é uma cripto deflacionária (ele queima mais do que emite)”, ressalta.

Solana (SOL) teve um ano de 2023 muito interessante, ficando em quarto lugar no gráfico cripto, atrás apenas de BTC, ETH e BNB. O desempenho da Solana pressiona o ecossistema Ethereum, pois oferece uma alternativa muito rápida e barata para usos gerais de DeFi e web3. E, além de seu token nativo, tem um ecossistema impressionante de altcoins e NFTs. É mais provável que Ethereum e Solana apresentem os principais projetos baseados em contratos inteligentes, também porque são atualmente os ecossistemas mais amplos.

“Com o ciclo de alta já bem encaminhado, as dominantes Bitcoin, Ethereum e Solana parecem ser criptomoedas com um futuro promissor em 2024. Entretanto, é provável que haverá outras oportunidades durante o ano”, opina Serrano.

Além dos tokens mais promissores para 2024, o CEO da Ripio identificou um interesse crescente em relação à tokenização de ativos do mundo real (RWA) e que sejam tokenizáveis, ou seja, que possam ser negociados em ambientes de blockchain, geralmente em DeFi. Imóveis, títulos e ações estão liderando as iniciativas de tokenização de RWA, e já existem projetos no mercado dedicados a esses temas, com tokens de utilidade que podem ter um alto retorno à medida que a tendência se solidifica.

Neste ano, o FOMO (fear of missing out) de integrar cripto começará a se manifestar de maneira mais intensa e fintechs e bancos buscarão incorporar e se beneficiar da nova economia digital. Alguns farão isso mais cedo e outros mais tarde, mas acabaremos com todos assimilando esta tecnologia. Daqui a dois anos, cripto deve entrar no roadmap de todo o mercado financeiro, o que pode resultar em uma grande capilaridade a esses ativos e aos do mundo real, que possivelmente serão os que terão mais tração nesse mercado. Se isso ocorrer, haverá ainda mais aproveitamento e será uma ótima porta de entrada para outras possibilidades.

“Nos últimos anos no mercado, vivenciamos o que chamamos de inverno cripto ou bear market, que significa que há uma queda no preço dos ativos.  Apesar de um momento duro e complexo, na Ripio buscamos maneiras de inovar ao aprimorar nossos produtos e serviços e criar outras possibilidades financeiras para pessoas e empresas com o objetivo de contribuir com o crescimento do ecossistema cripto. Duas soluções que oferecemos ao mercado e que acreditamos que tem um grande potencial de expansão são o Crypto as a Service e a tokenização de ativos, pois em ambos trazemos todo o nosso know how de 10 anos no setor para contribuir com suporte de tecnologia para que empresas agreguem a oferta de criptomoedas aos seus produtos. Já com a Ripio Select, nossa solução desenvolvida para pessoas físicas de alto patrimônio e clientes institucionais, temos especialistas que acompanham os clientes de maneira personalizada e com velocidade de gerenciamento em poucos passos para operar, seja para compra e venda de ativos, pagamento de colaboradores e fornecedores ou outras operações de grandes volumes em cripto”, destaca.

Além disso, o app da Ripio é uma solução 360 para investidores de diferentes perfis (do básico ao avançado) e conta com muitos recursos para que as pessoas  beneficiem-se do ecossistema cripto, tais como: comprar, vender, enviar, receber ou fazer swap de cripto, fazer tranding, usar o Ripio Card, explorar a web3, entre outras possibilidades.

“Sempre esteve no nosso DNA desenvolver produtos e serviços que solucionem problemas do dia a dia de empresas e pessoas ao redor do mundo. Com a nossa solução B2B já contribuímos com empresas que agora integram o ecossistema cripto em seus produtos, exemplos disso foram a co-criação da Mercado Coin, token do Mercado Livre no Brasil, além da integração  com Finzi na Colômbia, Mercado Pago no Chile e Invertir Online na Argentina”, informa.

A Ripio tem uma plataforma robusta com uma infraestrutura segura e usabilidade simples. Atualmente, tem um alcance de mais de 10 milhões de usuários e já opera em oito países (Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, México, Chile, Estados Unidos e Espanha), constantemente ampliando a  presença com lançamentos, tais como Ripio Card, cartão pré-pago internacional com bandeira Visa para efetuar pagamentos por débito direto na carteira dos usuários e que oferece cashback em compras com cripto, e LaChain, uma blockchain LI desenvolvida para atender às demandas do mercado latino-americano e UXD, stablecoin com paridade de 1:1 com o dólar americano, criada pela Ripio na LaChain .

Serrano acredita que é muito provável que, até o final do ano, ninguém duvide que o Bitcoin seja o “ouro digital” da nova economia. “É importante frisar que, tanto empresas, quanto pessoas físicas que tenham interesse em conhecer os benefícios do mercado cripto, realizem pesquisas sobre o tema, avaliem os cenários e escolham a melhor maneira de operar. Na Ripio, inclusive, temos disponíveis conteúdos gratuitos e seguiremos fornecendo constantemente informações para contribuir positivamente com a vida financeira das pessoas”, conclui.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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