Reforma Tributária fará com que empresas economizem R$ 28 bilhões com a redução de horas gastas no pagamento de impostos

Reforma Tributária fará com que empresas economizem R$ 28 bilhões com a redução de horas gastas no pagamento de impostos

Setor produtivo perde R$ 67 bilhões por ano com dificuldades para entender sistema tributário nacional

As empresas brasileiras economizarão R$ 28 bilhões por ano apenas com a redução do tempo gasto para calcular e pagar seus impostos caso a Reforma Tributária, em tramitação no Congresso, seja aprovada ainda este ano. O montante foi calculado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), com base em um estudo feito pela Ernest Young e pela Endeavor.

Este número de R$ 28 bilhões está inserido dentro do Custo Brasil total de R$ 1,7 trilhão, definido em uma parceria do MBC com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). “Destes R$ 1,7 trilhão, o segundo maior valor está relacionado ao eixo tributário, representando entre R$ 270 a R$ 310 bilhões por ano”, afirmou a diretora executiva do MBC, Tatiana Ribeiro.

No eixo de tributos, que consta na Mandala do Custo Brasil, existe um subitem, chamado de complexidade tributária – onde está inserido, justamente, os prejuízos das empresas com o tempo perdido para cumprir seus deveres perante o Fisco. “Quando a gente analisa o pilar de complexidade tributária, ele representa R$ 67 bilhões/ano. Economizar R$ 28 bilhões significa uma redução de 42% apenas nesse indicador”, completou Tatiana.

O impacto positivo se dá, também, em um menor tempo gasto pelas empresas para cumprir essa tarefa. “Hoje uma empresa média gasta, em média, 1501 horas para cumprir suas obrigações tributárias. Quando a gente olha para a média da OCDE, vemos que o tempo médio é de 160 horas, pouco mais de 10%. Uma de nossas empresas associadas, de grande porte, estimou que gastaria algo em torno de 4,2 mil horas. Esse processo onera muito e traz uma série de desafios”, reforçou Tatiana Ribeiro.

A unificação dos principais tributos que incidem sobre o consumo em um IVA Dual trará, segundo a diretora executiva do MBC, um compliance tributário mais simplificado, reduzindo em até 40% o tempo dispendido para ser a apuração dos tributos – uma queda de 600 horas ao todo.

Ganhos em escala

O MBC também estima uma queda bastante considerável no volume de litígios para o setor, permitindo que as empresas tenham mais tempo para desenvolver novos produtos, elaborar estratégias de negócios e tenham mais recursos para investir em inovação, tecnologia e contratação de mão de obra.

Além disso, se aprovada, a Reforma trará ainda outros ganhos para a competitividade do país, possibilitando o crescimento do PIB e a geração de emprego ao longo dos próximos anos. “A Reforma Tributária pode trazer ganhos de produtividade bastante expressivos para a nossa economia. Já fomos eleitos como o país com o pior sistema tributário do mundo”, afirmou a Executiva.

Por isso, a diretora do MBC vê o futuro com otimismo. “Temos hoje mais de 200 regimes especiais só no âmbito da União. E com a Reforma estamos falando de 21 exceções no total. Apesar de não ser o sistema ideal, a reforma que está sendo debatida é capaz de reposicionar o sistema tributário brasileiro, atrair novos investimentos e criar um novo e mais saudável ambiente de negócios no país”, resumiu Tatiana.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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