Número de vagas para PCDs cresceu 22,79%, aponta BNE

Número de vagas para PCDs cresceu 22,79%, aponta BNE

O número de vagas disponíveis para Pessoas com Deficiência (PCDs) cresceu 22,79%, de acordo com dados disponibilizados pelo Banco Nacional de Empregos (BNE). De janeiro a abril de 2023, estavam disponíveis na plataforma 588 vagas voltadas para esse público. No mesmo período de 2024, o número chegou a 722.

Ainda de acordo com o BNE, o número de currículos cadastrados também apresentou aumento, passando de 1.412 nos quatro primeiros meses do ano anterior para 4.675 em 2024. Um aumento de 231,09%

Segundo José Tortato, COO do BNE, os dados refletem a necessidade da inclusão e da valorização na diversidade nas empresas, e a importância de se oferecer oportunidades igualitárias e acessíveis. “Empresas que têm o compromisso de criar uma cultura organizacional inclusiva e empática, valorizando as habilidades e contribuições de profissionais, têm ainda mais chance de alcançar o sucesso”, avalia.

O executivo destaca que equipes diversificadas tendem a ser mais produtivas e engajadas. “Vale lembrar que as empresas que investem em programas de diversidade e inclusão tendem a ter uma melhor imagem pública atraindo clientes e os melhores talentos, além de demonstrar para os colaboradores seu comprometimento com a igualdade de oportunidades”, diz.

Já Camila Rodrigues, gerente da Employer Recursos Humanos de Campinas, afirma que a contratação de pessoas com deficiência vai além do cumprimento de obrigações legais. “A inclusão de pessoas com deficiência amplia a diversidade de perspectivas dentro da empresa, promovendo a inovação e a resolução de problemas. Pessoas com diferentes experiências de vida trazem abordagens singulares para os mais diferentes desafios,  resultando em soluções mais criativas e eficazes”, diz.

Levamento

De acordo com um levantamento elaborado em janeiro pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o país tem 545.940 mil pessoas com deficiência e reabilitados do INSS inseridos no mercado formal de trabalho.  93% destes trabalhadores estão em empresas com mais de 100 empregados.

Dos empregados com deficiência informados pelo eSocial, 341.392 são homens empregados  e 204.548 mulheres. A média salarial de uma mulher sem deficiência é de R$1.791,42, já a trabalhadora com deficiência a média é de R$1.411,77.

Já a média salarial dos homens é de R$1.904,49 e do trabalhador com deficiência é de R$1.637,50.

Segundo dados do Sistema, grande parte das deficiências são física, visual e auditiva, sendo que mais da metade dos trabalhadores tem ensino médio completo. São mais pessoas com deficiência de cor branca contratadas (102.026) do que negros (86.159 – agregando também pessoas pardas).

Superação

Felipe Silva, de 39 anos, residente de Paulínia (SP), adquiriu a sua deficiência física por meio de um acidente de bicicleta em 1998. “Estava brincando com meus amigos e acabamos colidindo. Tive traumatismo craniano e cheguei a ficar oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, diz.

O acidente aconteceu quando Felipe tinha 13 anos, deixando o braço esquerdo com pouca mobilidade. “Consequentemente, não consigo pegar pesos. Adquiri a monoparesia muscular”, explica.

As dificuldades, entretanto, não se tornaram uma barreira e nem o impediram de buscar o seu melhor condicionamento físico e mental. Silva divide seu tempo entre corridas de rua, dança e cursos de formação profissionalizante.

Formado em RH, durante a vida adulta Felipe atuou sempre em áreas administrativas de empresas, chegando a ficar dois anos afastado do mercado de trabalho. “Durante todo esse tempo, busquei realizar cursos e adquirir novos conhecimentos, até que há três anos encontrei uma nova oportunidade no setor de produção”, finaliza.

Sobre a Lei

Segundo a Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, empresas com 100 a 200 trabalhadores precisam ter 2% do seu quadro funcional de pessoas com deficiência. De 201 a 500, são 3%. De 501 a 1.000 são 4%. E com mais de mil funcionários, são 5%, garantindo assim a contratação de pessoas com deficiência em seus quadros, permitindo-lhes uma oportunidade de trabalho.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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