Produção industrial avança em oito dos 15 locais pesquisados em junho

Produção industrial avança em oito dos 15 locais pesquisados em junho

No acumulado em 12 meses, a indústria brasileira cresceu 1,5%

Na passagem de maio para junho, a produção industrial brasileira cresceu 4,1%, com expansão em oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores altas foram registradas por Rio Grande do Sul (34,9%) e Pará (9,7%). Na comparação com junho de 2023, a indústria avançou 3,2% e as taxas positivas foram verificadas em 11 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 1,5%, com 15 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos. A indústria nacional está 2,8% acima do seu nível pré-pandemia.  Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo IBGE.

“O crescimento da produção industrial em junho vem após dois meses de resultados negativos, período no qual acumulou perda de 1,8%. É um movimento positivo já esperado, impulsionado pela retomada das atividades de plantas industriais que estavam paralisadas devido às enchentes no Rio Grande do Sul”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

O destaque de junho, tanto em termos absolutos quanto em influência, foi a recuperação da indústria gaúcha (34,9%), eliminando a perda verificada no último mês de maio, causada principalmente pelo volume excessivo de chuva que atingiu o estado. Vários setores contribuíram para esse comportamento positivo da indústria gaúcha, como os de produtos químicos; derivados do petróleo; veículos automotores; máquinas e equipamentos; e metalurgia. O Rio Grande do Sul representa 6,8% da indústria nacional

“Depois de um período de paralisação em decorrência das inundações provocadas pelas fortes chuvas no estado, houve retomada das atividades em diversas plantas industriais no Rio Grande do Sul. Isso foi determinante para o resultado positivo da indústria gaúcha em junho, sendo a taxa positiva mais intensa da indústria local desde o início da série histórica”, afirma Bernardo. A indústria do Rio Grande do Sul está 2,7% acima do seu patamar pré-pandemia.

Pará ocupou o segundo lugar no ranking de maiores altas na produção industrial (9,7%), acumulando um ganho de 25,2% nos dois últimos meses. Os setores extrativo e de metalurgia foram os maiores responsáveis pelo resultado positivo. De acordo com Bernardo Almeida, o desempenho da indústria paraense, mostrando crescimento após a queda observada em abril (-12,8%), “é um movimento natural, estratégico, buscando equalizar oferta e demanda dentro do próprio setor”.

Maior parque industrial do país, São Paulo cresceu 1,3% na passagem de maio para junho, segunda maior influência positiva no resultado da indústria nacional. Trata-se da terceira taxa positiva seguida da indústria paulista, acumulando um ganho de 3,8%. “Os setores de alimentos; derivados do petróleo; veículos automotores; e farmacêutico foram os que mais influenciaram o comportamento da indústria do estado. Esse resultado deixa a indústria paulista 3,6% acima do seu patamar pré-pandemia”, destaca Bernardo.

No lado das quedas, Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%) e Pernambuco (-5,2%) registraram as taxas mais expressivas. Os setores de derivados do petróleo e de veículos automotores foram os principais responsáveis pelo desempenho da indústria nordestina em junho. Assim, a Região Nordeste elimina o ganho acumulado em abril e maio deste ano (4,8%). A Bahia, principal influência negativa neste mês, teve como destaques negativos os setores de derivados do petróleo e o extrativo. A queda da indústria baiana acontece depois do avanço de 9,0% no mês anterior. Já em Pernambuco a indústria teve a segunda taxa negativa em sequência, somando uma perda de 8,7%. Os setores de veículos automotores e de derivados do petróleo foram os que mais contribuíram para esse desempenho.

Indústria cresce em 11 de 18 locais na comparação com 2023

O setor industrial teve alta de 3,2% frente a junho do ano passado e, regionalmente, 11 dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. Vale lembrar que junho de 2024 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Os maiores avanços foram registrados por Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%), Ceará (11,1%) e Pará (10,5%). São Paulo (8,6%), Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2,0%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%) também mostraram expansão.

No sentido oposto, Espírito Santo (-9,6%) e Amazonas (-5,7%) foram responsáveis pelas quedas mais intensas em junho. A explicação para esse desempenho vem das atividades de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva, querosenes de aviação e naftas), bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário), no segundo.

Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) foram os outros locais que recuaram nesta comparação.

Crédito da foto: Jhonattan-Campos

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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