Setor de cosméticos projeta faturamento de US$ 670,8 bilhões para este ano

Setor de cosméticos projeta faturamento de US$ 670,8 bilhões para este ano

Sustentabilidade e influência tecnológica impulsionam crescimento exponencial do segmento

De acordo com dados Euromonitor International, empresa de pesquisa de mercado, a indústria global de cosméticos acumulou uma receita superior a US$617,2 bilhões. Esse marco coloca em evidência a solidez e a expansão contínua do setor de beauty care, representado por itens que vão de maquiagem a linhas de cuidados faciais. Com um aumento projetado para atingir US$670,8 bilhões até 2024, o segmento se posiciona como um dos mais dinâmicos e promissores, impulsionado por uma demanda crescente por produtos inovadores e personalizados.

“Esse crescimento substancial reflete não apenas a influência das tendências de consumo, mas também o impacto das mudanças socioculturais e tecnológicas”, esclarece Kelly Nogueira, fundadora da Espaço Make, franquia de maquiagens multimarcas vendidas a preços acessíveis. Para a especialista, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes sobre saúde, bem-estar e sustentabilidade, as empresas respondem com novas formulações, ingredientes seguros e embalagens ecologicamente corretas. Esse cenário não apenas fortalece a competitividade do setor, mas também incentiva a inovação e o desenvolvimento de produtos que atendam às expectativas cada vez mais exigentes dos consumidores globais.

Como esse patamar foi atingido?

O crescimento exponencial da indústria cosmética global pode ser explicado por uma série de fatores interligados. Primeiramente, a expansão da urbanização e o aumento da renda disponível em várias partes do mundo têm impulsionado a demanda por produtos de cuidados pessoais e cosméticos. “Ao passo que mais pessoas se mudam para áreas urbanas e experimentam uma melhoria no padrão de vida, há uma tendência natural de investir mais em produtos que promovam a aparência e o bem-estar”, afirma Nogueira.

Além disso, os avanços significativos na pesquisa e desenvolvimento dentro do segmento desempenharam um papel essencial nesse crescimento. Novas descobertas científicas e tecnológicas têm permitido o desenvolvimento de produtos mais eficazes, seguros e adaptáveis às diversas necessidades dos consumidores. Desde novas formulações de ingredientes ativos até embalagens mais sustentáveis, as empresas têm conseguido não apenas atrair um novo público, mas também fidelizar aqueles que buscam constantemente inovação e qualidade.

Vale evidenciar que o papel crescente da digitalização e do comércio eletrônico também transformou a maneira como os produtos cosméticos são vendidos e distribuídos globalmente. A facilidade de acesso aos produtos através de plataformas online e o poder das redes sociais para influenciar as decisões de compra têm amplificado significativamente o alcance das marcas e sua capacidade de se conectar diretamente com os consumidores.

Por que investir no setor?

Investir no segmento cosmético oferece diversas razões atrativas que potencializam retornos significativos. “O mercado de cosméticos demonstra um equilíbrio considerável de flutuações econômicas, uma vez que os produtos de beleza são considerados opções viáveis de compra para boa parte do público”, aponta Kelly. “Isso proporciona estabilidade relativa mesmo em tempos de desaceleração econômica, tornando-o um investimento atraente para atenuar riscos”, completa.

Também é válido ressaltar que o crescimento global da demanda por produtos cosméticos está impulsionado por mudanças demográficas e sociais, como o envelhecimento da população em muitos países desenvolvidos e o aumento da conscientização sobre cuidados pessoais e bem-estar em todo o mundo. Essas tendências não apenas sustentam a necessidade existente, mas também criam novas oportunidades para inovações em produtos e novos mercados emergentes.

Outro aspecto importante é o contínuo avanço tecnológico na indústria cosmética, como mencionado previamente, que está transformando tanto os processos de produção quanto os itens finais. Inovações como ingredientes ativos de última geração, formulações personalizadas e novas técnicas de marketing digital estão moldando um setor dinâmico e adaptável. Para investidores, isso representa a chance de capitalizar não apenas nas tendências atuais, mas também na capacidade da indústria de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às preferências dos consumidores.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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