Indisponibilidade de produtos atinge menor índice no ano
Redução da ruptura indica que varejo e indústria começam a se preparar para as compras de final do ano
Após manter estabilidade nos últimos quatro meses, o Índice de Ruptura, indicador que mede a ausência de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros divulgado pela Neogrid, registrou uma taxa de 12,2% no mês de agosto. O número aponta uma redução de 1,2% em relação ao indicador de julho, o que torna essa ruptura geral a menor registrada nos últimos 13 meses.
“Conforme nos aproximamos do final do ano, observamos um movimento de queda na ruptura e aumento nas vendas. Isso é um reflexo do estoque dos varejistas começando a ser reforçados pela indústria. Essa movimentação já antecipa os períodos de grandes compras e datas comemorativas, como a Black Friday e o Natal”, analisa Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid.
De acordo com Índice de Ruptura da Neogrid, arroz, café, feijão e ovos foram as categorias com a maior variação de ruptura de produtos nas prateleiras de todo o Brasil em agosto.
Em todos os itens analisados, as maiores variações de ruptura foram:
- Ovos: de 16,6% para 20,1%;
- Café: de 11,4% para 11,5%;
- Feijão: de 8,8% para 9,7%;
- Arroz: de 8,8% para 9,5%;
Café
O café registrou estabilidade no indicador de ruptura de agosto ante julho, saindo de 11,4% (julho) para 11,5% (agosto).
Em relação às variações de preço, o café continua sofrendo com elevações. Em agosto, houve aumento de 2,2% em relação a julho. Nos últimos 13 meses, o item acumulou alta de 12,8%. Desde janeiro até agosto de 2024, o preço do produto para o consumidor subiu 18%.
Ovos
Os ovos registraram a maior ruptura no mês de agosto em relação a julho, saindo de 16,6% (julho) para 20,10% (agosto). Já o preço teve queda de 4,3% depois de se mostrar estável nos últimos dois meses. De agosto de 2023 até agora, o preço dos ovos para os brasileiros diminuiu 12,1%.
Feijão
O feijão apresentou um aumento de 0,9% na indisponibilidade, mantendo a estabilidade observada nos últimos meses. Quanto ao preço, o produto teve redução de 3,2% na comparação com julho de 2024, embora tenha registrado incremento de 3,5% ao longo dos últimos 13 meses.
Arroz
Após ganhar destaque em julho devido à redução da sua indisponibilidade, o arroz teve pequena alta de 0,7% em agosto. Em relação ao preço do produto, o arroz branco viu uma queda de 2% sobre o mês anterior, embora tenha acumulado um aumento de 31,6% nos últimos 13 meses.