Comércio entre Brasil e Itália registra alta de 13%

Comércio entre Brasil e Itália registra alta de 13%

Desempenho positivo de deve aos setores de máquinas e equipamentos mecânicos, café e produtos farmacêuticos

“As relações comerciais entre Brasil e Itália apresentaram sinais de melhora nos primeiros nove meses de 2024”. A afirmação é de Lorenzo Galanti, diretor-geral da ICE – Agência para a promoção no exterior e a internacionalização das empresas italianas. Entre janeiro e setembro de 2024, segundo dados do Ministério Brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as importações brasileiras de produtos Made in Italy foram de 4,53 bilhões de euros, o que representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações brasileiras para a Itália passaram de 2,85 bilhões de euros para 3,36 bilhões de euros, registrando um avanço de 17,7%. Com isso, o comércio total entre os dois países atingiu 7,89 bilhões de euros, com um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tais números fazem com que o saldo da balança comercial entre os dois países resulte favorável aos italianos em 1,17 bilhões de euros.

Galanti destaca que os dados dos primeiros meses de 2024 mostram sinais de recuperação das relações econômicas entre os dois países que, apesar de terem sofrido um forte golpe por ocasião da pandemia, cresceram quase cinco vezes nos últimos 35 anos.

As projeções para 2024 indicam alta de 7,5%, graças ao desempenho de setores como o de máquinas e equipamentos mecânicos, que representam 20% do comércio total entre os dois países e que devem experimentar uma expansão de 10% sobre 2023; o café, que responde por 8,6% do comércio entre os dois países e cujo crescimento deve ficar em 30%; e os produtos farmacêuticos, que representam 7,3% do comércio total entre Itália e Brasil e que devem crescer em 2024 em torno de 37%.

Lorenzo Galanti.

O diretor-geral da Agência ICE aponta que, apesar da existência de barreiras que dificultam o crescimento ainda mais robusto do comércio entre os dois países, como as de cunho tarifário e até mesmo a distância geográfica, o Brasil – com cerca de 32 milhões de ítalo-descendentes, maior população italiana fora da Itália, bem como a presença de cerca de 1.000 empresas italianas com investimentos diretos no país – representa um terreno fértil, com oportunidades em diversos segmentos, como os que foram destaque no Fórum Empresarial Brasil-Itália, realizado no início desse mês, além de diversos outros, particularmente na área dos bens de consumo, dos produtos alimentares ao vestuário, móveis e decoração e joalheira.

Mas, Galanti enfatiza que “apesar dos desafios, a presença italiana no Brasil está longe de ser negligenciável”. No ano passado, o estoque de investimentos italianos no País somava 13,2 bilhões de euros, com concentração nos setores de eletricidade e gás, indústria da transformação e serviços de telecomunicações”.

A Agência ICE, presente no Brasil desde 1968, realizou, esse ano, 55 iniciativas empresariais em solo brasileiro, incluindo sete feiras, 39 recepções de operadores estrangeiros e três workshops e seminários, que cobriram inúmeros setores, do agroalimentar a máquinas industriais.

É por essa razão que Galanti diz que “estamos firmemente comprometidos em promover a excelência italiana e construir sólidas relações comerciais, contribuindo assim para o crescimento e a competitividade das empresas italianas no Brasil”.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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