Construção civil é fundamental para alavancar a industrialização no País

Construção civil é fundamental para alavancar a industrialização no País

O presidente do Sebrae participou, nesta terça-feira, do Encontro Nacional da Indústria da Construção em Brasília, ao lado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin

Estimular uma mudança de comportamento do setor da construção civil com inovação, sustentabilidade e inclusão para promover uma retomada da industrialização do país. Este foi o foco da participação do presidente do Sebrae, Décio Lima, nesta terça-feira (26), na 99ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em Brasília (DF). No evento, ele integrou o painel sobre a Nova Indústria Brasil (NIB), política pública como vetor de modernização do setor industrial brasileiro.

“Quero ser provocativo e trazer para nós a necessidade de mudar nosso comportamento. Ao mesmo tempo que temos as condições, temos que ser os protagonistas dessa mudança, especialmente os empresários deste setor, que são fundamentais para alavancarmos a inovação na industrialização do país”, apontou Décio Lima, que alertou para outros pilares da economia na atualidade. “Uma economia sustentável, inovadora e globalizada não pode existir sem a promoção da inclusão. Que cresça, fique gigante e não banalize o mal de conviver com mais de 50 milhões de pessoas no Mapa da Fome”, completou.

Falando aos empresários do setor, Décio deixou as portas do Sebrae abertas para os negócios da Construção e lembrou que o segmento é composto por cerca de 3,4 milhões de empresas, com o predomínio de aproximadamente 90% de Micro e Pequenas Empresas (MPE). Somente este ano, o Sebrae já realizou cerca de 5 milhões de atendimentos voltados especificamente para esse segmento.

“O Sebrae é de vocês. Tudo isso que produzimos pertence a vocês. O Setor da Construção Civil deve abraçar o Sebrae, que é uma porta de sonhos que se concretizam dentro deste espírito empreendedor”, destacou.

Para apoiar o setor da construção civil, o Sebrae sugere que as empresas busquem participar do Programa Brasil Mais Produtivo. A iniciativa apoia as micro, pequenas e médias empresas para aumentar a produtividade, otimizar processos e promover a transformação digital dos seus negócios. No total, 6,2 mil empreendedores foram acompanhados por meio da iniciativa que identificou, com o apoio dos Agentes Locais de Inovação (ALI), os principais desafios enfrentados pelos empreendedores nas áreas de processos internos, marketing e faturamento.

Outra linha de atuação acontece por meio do Programa Sebraetec, que alcançou mais de R$ 42 milhões em investimentos, reforçando a importância de soluções inovadoras e tecnológicas para ampliar a competitividade das empresas da Construção Civil. Além disso, o Governo Federal, junto com o Sebrae e outros atores, lançaram o Construa Brasil, um programa que visa facilitar a vida do empreendedor do segmento.

Simplificação

Durante o encontro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou uma das missões da política Nova Indústria Brasil (NIB), que é voltada para o setor da Construção Civil e ressaltou a importância da simplificação do Custo Brasil.

“Tivemos uma desindustrialização precoce e severa, antes de o país ficar rico, ficamos mais caros. A industrialização precisa ser recuperada urgentemente”, avaliou. “Tudo que pudermos fazer para melhorar eficiência, a competividade e o Custo Brasil nós faremos. Se não agirmos na causa dos problemas, não teremos o efeito esperado. É uma mudança cultural que temos que ter todo dia”, completou.

Inclusão

Pela manhã, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da abertura do evento e ressaltou o papel do Programa Minha Casa Minha Vida para a economia brasileira. Para o setor da Construção Civil, o programa é um vetor importante na habitação e mercado imobiliário, respondendo por volume relevante de investimento e contribuindo para geração de empregos e renda. Os investimentos do Minha Casa Minha Vida representam 1% do PIB total acumulado de 2023 a 2026.

“Eu estou feliz porque, se não fosse a compreensão empresarial, a gente não teria o sucesso que tem no Minha Casa, Minha Vida. O governo pode ser o indutor, mas o construtor é quem tem experiência, expertise, sabe construir”, ressaltou Lula. “A gente começou para as pessoas mais pobres. Depois foi evoluindo para dois salários-mínimos. Já passamos para quatro e a gente quer mais, para atender um setor médio da sociedade que ganha seis mil reais, sete mil reais, oito mil reais e que não se sente atendido. São bancários, metalúrgicos, químicos, gráficos, empreendedores”, exemplificou. “Temos que atender essa gente”.

Ainda no evento, o presidente Lula comentou sobre um pedido ao ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, sobre a elaboração de um programa de construção de banheiros e garantir mais dignidade para as famílias mais pobres. “Falei para o Jader preparar um programa porque nós vamos fazer os banheiros que as pessoas precisam porque se o governo não tem condição de fazer banheiros, não tem condição de nada”, afirmou.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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