Kamala ou Trump: como as eleições americanas de 2024 podem impactar na carreira e imigração para os EUA

Kamala ou Trump: como as eleições americanas de 2024 podem impactar na carreira e imigração para os EUA

Resultado poderá afetar os planos profissionais de quem deseja viver e trabalhar nos EUA

Para brasileiros que têm planos de expatriação ou já estão em desenvolvimento de suas carreiras nos Estados Unidos, as eleições presidenciais desta terça-feira (5) podem ter um impacto significativo. O clima de incerteza é natural em tempos eleitorais, e o resultado das eleições poderá afetar os planos profissionais e de vida de quem deseja viver e trabalhar nos EUA.

Marcos Tonin, executivo de recursos humanos que atende multinacionais em mais de 13 países, analisa as possíveis implicações para os projetos de carreira dos brasileiros caso Kamala Harris ou Donald Trump vençam a eleição de 2024. Ele destaca os principais pontos positivos e negativos de cada candidato para quem busca investir ou trabalhar nos EUA.

Possíveis benefícios de uma vitória de Kamala Harris

Kamala Harris tem adotado uma postura inclusiva em relação à imigração. “Ela tende a defender os direitos dos imigrantes e simplificar os processos de visto,” comenta Tonin, acrescentando que, caso Harris mantenha a abordagem do governo anterior, brasileiros com projetos de expatriação podem ter maior flexibilidade na obtenção de vistos de trabalho, como o H-1B

Além disso, Harris defende políticas de crescimento sustentável, incluindo investimentos em infraestrutura verde e energias renováveis. Segundo Tonin, “para brasileiros em busca de oportunidades em tecnologia limpa ou economia digital, uma vitória de Harris pode representar um impulso significativo,” especialmente em setores como energias renováveis. Sua defesa por uma educação mais acessível e estímulos à inovação também pode beneficiar quem pretende estudar ou trabalhar no setor acadêmico, ao fortalecer o ecossistema educacional e de pesquisa.

Possíveis benefícios de uma vitória de Donald Trump

Por outro lado, Trump adotou políticas pró-negócios em seu mandato anterior, com redução de impostos e favorecimento das grandes corporações, criando um ambiente favorável ao empreendedorismo. “Com um possível retorno, essas políticas podem beneficiar empresários e profissionais brasileiros interessados em abrir negócios nos EUA,” afirma Tonin. Para empreendedores, a redução na regulamentação pode tornar o ambiente mais atrativo para novos investimentos.

Trump também possui uma postura favorável ao comércio internacional, especialmente com o Brasil, o que pode facilitar negócios para brasileiros envolvidos no setor de comércio exterior. Suas políticas de cortes de impostos e menor regulamentação visam estimular a economia, o que pode criar um ciclo de crescimento econômico benéfico para investidores, principalmente no setor financeiro.

Outro ponto é o clima de polarização política que pode surgir com uma vitória de Trump, o que poderia afetar o bem-estar e a qualidade de vida de brasileiros que desejam se estabelecer nos EUA. Marcos Tonin comenta que o impacto das eleições americanas nos projetos de carreira de brasileiros dependerá de quem vencer. “Kamala Harris pode favorecer um ambiente inclusivo e com foco em sustentabilidade, embora com possíveis aumentos de impostos e regulamentações. Já uma vitória de Donald

Trump traria uma abordagem pró-empresarial, mas com restrições mais severas à imigração e potencial instabilidade econômica”, comenta. Tonin destaca ainda que o ideal é que o foco no trabalho e nos objetivos coletivos prevaleça sobre temas que não estejam diretamente ligados à função profissional de cada colaborador.

Em sua visão, é possível estabelecer uma cultura organizacional que valorize o respeito e evite conflitos desnecessários, o que se torna ainda mais importante em tempos de eleições e polarizações. “O papel dos líderes é fundamental para que o respeito e o profissionalismo prevaleçam. Afinal, o sucesso de uma empresa depende da capacidade de sua equipe em trabalhar junta, independentemente de opiniões pessoais divergentes”, conclui o especialista.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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