Empreendedorismo por oportunidade cresce no Brasil

Empreendedorismo por oportunidade cresce no Brasil

Estudo recente aponta que o perfil do empreendedor está mudando no país

Por muito tempo, a necessidade foi a principal motivação para muitos brasileiros empreenderem. Por conta da falta de um emprego fixo ou remuneração baixa, as pessoas começaram a empreender de forma informal, procurando complementar o rendimento ou garantir a sobrevivência. No entanto, esse cenário começa a mudar. Movidos agora mais por oportunidades do que por necessidade, os brasileiros estão empreendendo para alcançar novos objetivos profissionais, explorar áreas de interesse e gerar impacto positivo na sociedade.

De acordo com o Monitor Global de Empreendedorismo, estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), 61% dos novos empreendedores no Brasil iniciam um negócio para enxergarem uma oportunidade. Em 2020, metade dos empreendedores começou por necessidade, o que evidenciava uma mudança significativa de perfil nos últimos anos.

Para Marlon Freitas, cofundador da Agilize Contabilidade, os números refletem uma mudança de cenário, impulsionado pela desburocratização dos processos de abertura de empresas. “Hoje, vemos um empreendedor mais consciente e preparado, que enxerga no empreendedorismo uma maneira de crescer profissionalmente, realizar sonhos e construir legados. Esse cenário é fruto de incentivos à inovação, como o acesso facilitado à informação e a redução de barreiras para abrir um negócio no Brasil”, afirma.

Diversos fatores impulsionam esse novo perfil. Com o avanço da tecnologia e a expansão das redes sociais, muitos brasileiros identificaram nichos de mercado, desenvolvendo negócios inovadores e adaptados às demandas atuais. Além disso, o aumento na oferta de programas de formação e capacitação em empreendedorismo tem contribuído para que os empreendedores se sintam mais preparados e confiantes em transformar suas ideias em negócios.

“Essa transição também reflete o desejo de muitos brasileiros por mais flexibilidade e autonomia, tendências que cresceram especialmente após a pandemia. Diante das incertezas econômicas e da busca por uma maior qualidade de vida, o empreendedorismo por oportunidade surge como uma alternativa atraente para construir uma carreira significativa e com propósito”, afirma Freitas.

O executivo destaca ainda a importância do empreendedor refletir sobre o que realmente quer para sua vida: “Você acredita que pode passar os próximos 10 anos tocando esse negócio? E se depois desse tempo não houver retorno, você continuará empreendendo? Esse tipo de visão é fundamental para manter o pé no chão”.

O fortalecimento do empreendedorismo por oportunidade indica não apenas um crescimento quantitativo no número de empresas, mas também qualitativo, elevando o nível de inovação e competitividade do mercado brasileiro. Esse movimento traz consigo o potencial de transformar setores e contribuir para a diversificação da economia.

“Essa mudança de perfil impacta ainda a criação de empregos e o desenvolvimento local. Ao empreender com foco em inovação e impacto social, os novos empresários brasileiros estão abrindo portas para outras pessoas, impulsionando a economia e fortalecendo comunidades”, finaliza Marlon Freitas.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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