Dólar recua para R$ 6,07 e Bolsa tem alta de 0,75%
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Na semana, dólar comercial acumulou alta de 0,69% enquanto Ibovespa amargou perda de 2,01%
O dólar recuou pelo segundo dia consecutivo ante o real nesta sexta-feira (20), após o Banco Central injetar mais US$ 7 bilhões no mercado para segurar as cotações e o Senado concluir a votação do pacote fiscal do governo, em um dia marcado ainda pela queda da divisa norte-americana no exterior.
Durante a tarde, comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central e a área fiscal forem bem-recebidos pelo mercado, contribuindo para a queda das cotações. No final do dia o dólar no câmbio comercial foi cotado a R$ 6,0710, baixa de 0,87%. No acumulado da semana que foi marcada por forte volatilidade nos mercados, a divisa subiu 0,69%, em meio à desconfiança dos investidores na política fiscal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta que o Banco Central (BC) precisa atuar no mercado para buscar um nível de equilíbrio para o dólar. O ministro admitiu problemas de comunicação durante a divulgação do pacote de corte de gastos que criaram ruídos no mercado financeiro.
“Temos de corrigir essa ‘escorregada’ do dólar aqui. Não no sentido de buscar um nível de dólar, de mirar uma meta, buscar um nível. O nível que o BC deveria atuar é buscar o equilíbrio. Sempre que houver disfuncionalidade por incerteza, insegurança, no mercado de câmbio e juros, o Banco Central deve promover correções nesse sentido”, declarou Haddad.
Embora tenha defendido as recentes intervenções no câmbio pelo Banco Central, o ministro da Fazenda reiterou que o regime é de câmbio flutuante, com a autoridade monetária atuando no mercado apenas em momentos de disfuncionalidade. “O problema do BC é meta de inflação. Não tem outra coisa com que [a autoridade monetária] tenha de se preocupar. Tem de trazer a inflação para a meta num espaço de tempo adequado para a meta funcionar. Para isso, vai manter a taxa de juro restritiva”, acrescentou o ministro.
O ministro afirmou que parte da alta recente do dólar se deve a fatores internacionais, como os resultados das eleições norte-americanas e a redução nas expectativas de queda de juros nos Estados Unidos. No entanto, admitiu “problemas de comunicação” na divulgação do pacote de corte de gastos que provocaram ruídos no mercado financeiro.
Bolsa de Valores
O Ibovespa fechou nesta sexta-feira em alta pelo segundo dia seguido. O índice Bovespa subiu 0,75%, aos 122.102,15 pontos, um ganho de 914,24 pontos. Mesmo assim, na semana, a Bolsa acumulou queda de 2,01%.