Aumento de até 9% no material escolar pressiona o orçamento familiar

Aumento de até 9% no material escolar pressiona o orçamento familiar

É necessário procurar soluções criativas para reduzir gastos

Com a chegada de 2025, muitos pais e responsáveis ​​já começaram a se preparar para a compra do material escolar. E para isso será necessário planejamento, já que segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o material escolar deve ficar até 9% mais caro em 2025. Para Aline Soaper, educadora financeira, um dos primeiros passos é fazer um levantamento do que é realmente necessário, evitando compras impulsivas ou desnecessárias. Além disso, é importante pesquisar preços em diferentes lojas, já que as variações podem ser grandes entre uma loja e outra. “Uma boa alternativa é comprar alguns itens de segunda mão, além de economizar, é uma prática bem mais sustentável”, pontua.

Gabriel Arantes, pai de Elis, de 8 anos, que estuda na escola Maple Bear, é um exemplo de como é possível economizar na compra de materiais escolares sem comprometer a qualidade. Todos os anos, ele busca alternativas para reduzir os custos com uniformes e livros. Gabriel aproveita as opções de compra em sites de segunda mão, como OLX e Enjoei, além de grupos de WhatsApp, onde frequentemente encontra ofertas e produtos em bom estado, por preços bem mais acessíveis do que os encontrados nas lojas. Essa prática permite que ele consiga manter o orçamento em dia, mesmo com o aumento dos preços, e ainda incentivar Elis a adotar hábitos sustentáveis, reaproveitando materiais de anos anteriores.

“Sabendo desse possível aumento, eu já me antecipei e consegui comprar os livros de leitura paradaticos da minha filha pela metade do preço. Todos os livros daria um total de R$ 490,00 reais, consegui comprar os mesmos livros na Olx por R$ 250,00. E uma blusa nova do uniforme que custa R$ 60,00 cada, consegui no enjoei um lote de 3 camisas por R$ 70,00 em excelente estado”, conta o pai da Elis.

Os gastos anuais com material escolar comprometem orçamento de 85% das famílias com crianças em idade escolar, é o que aponta uma pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro, realizada entre 2 e 4 de dezembro, com 1.461 pessoas. O estudo também foi responsável por revelar aumentos nos gastos totais nos últimos 4 anos. Em 2021, o montante era de R$ 34,3 bilhões. Em 2022, os gastos registrados foram de R$ 42,3 bilhões. Em 2023, houve um aumento para R$ 45,2 bilhões. Em 2024, houve um salto para R$ 49,3 bilhões no total. A projeção para 2025, promovida pelo Instituo, pode ultrapassar os R$ 52 bilhões.

A educadora financeira também indica reutilizar certos materiais do ano anterior, sendo uma excelente alternativa do ponto de vista econômico e também para o meio ambiente. Sobras de cadernos, folhas, canetas, lápis de cor e tintas, bem como outros materiais devem ser reaproveitados, diminuindo assim a lista de itens e dando fôlego ao orçamento das famílias, que poderão adiar em alguns meses essa compra.

Por fim Aline Soaper, destaca que é importante negociar o preço, principalmente se estiver comprando em grande quantidade, para dois ou mais filhos. “Pesquise em lojas on-line que tendem a ter um preço menor; evite marcas famosas, produtos de marcas menos conhecidas costumam ser mais baratos e oferecer a mesma qualidade. Se você tiver materiais em bom estado que não serão mais utilizados, troque com outros pais. Outra dica é juntar-se com outros pais para comprar em atacado e conseguir descontos”.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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