Brasil fica em 5º lugar na produção de colchões no mundo

Brasil fica em 5º lugar na produção de colchões no mundo

Para 2025, a previsão é crescer mais de 6,5% e gerar R$ 7,67 bilhões em receita líquida

Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), entidade que representa o setor colchoeiro no país, divulga o balanço anual do segmento. A associação estima que o setor deve fechar 2024 com uma receita líquida na ordem de R$ 7,2 bilhões, o que representa alta de 5,11% em comparação ao ano anterior, quando registrou R$ 6,85 bilhões. Na quantidade produzida, a elevação deve ser de 3,52% em relação a 2023, de 21,17 milhões para 21,91 milhões de unidades. Já as vendas de colchões devem superar 21,88 milhões de unidades, aumento de 3,89%, comparado com o mesmo período do ano passado, em que registrou 21,06 milhões de unidades.

Para o próximo ano, a ABICOL prevê um crescimento superior a 6,5%, atingindo R$ 7,67 bilhões em receita líquida. O levantamento revela ainda que o Brasil é o quinto maior produtor de colchões do mundo e lidera o consumo de colchões na América Latina, representando 40% do volume total.

De acordo com Adriana Perini, diretora executiva da ABICOL, a alta nos custos de operação e a deflação nos preços no varejo, indicada pelo IPCA de novembro, chamam a atenção. “O setor enfrenta um período desafiador, principalmente, com a alta no preço dos insumos e nos custos da cadeia logística. Se ainda assim ocorre deflação, a vigilância de mercado assume um papel estratégico. Precisamos garantir que os produtos estão atendendo aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade para justificar o fechamento dessa conta. Nesse contexto, é fundamental que o consumidor se atente à procedência do colchão, que pode ser conferida pelo Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, entre outras pesquisas, como no site do Observatório do Colchão, por exemplo.”

Ainda segundo Adriana, embora o mercado demonstre um cenário desafiador, a ABICOL acredita na capacidade do setor de se reinventar por meio da inovação e de regulamentação justa, que fortaleça as marcas nacionais e, dessa forma, permita o desenvolvimento sustentável do mercado. “Para isso, a ABICOL está empenhada em ampliar a visibilidade do setor, promovendo estudos sobre desempenho, suporte e a vida útil do colchão. Aliás, o Brasil é o único país no mundo a contar com regulamento compulsório que exige que os colchões sejam submetidos a testes em laboratório acreditado. Esses testes e outras análises obrigatórias verificam a conformidade em cerca de uma dezena de critérios antes que o produto possa ser comercializado no território nacional. Nosso compromisso é com a qualidade, a inovação, a sustentabilidade e, dessa forma, fortalecer todo o ecossistema colchoeiro”, pontua Adriana.

Segundo o levantamento da ABICOL, de 2022 para 2024, o Brasil passou de 297 para 339 fábricas. O Sudeste concentra a maior parte delas (35,9%), seguido pela região Sul (24,55%), e depois pelo Nordeste (19,16%), Centro-Oeste (13,17%) e Norte (7,19%). O segmento gera cerca de 39 mil empregos diretos. De acordo com a entidade, colchões de espuma e mistos representam cerca de 50% do volume dos colchões produzidos no Brasil, os colchões de mola detêm 35% da produção e os demais tipos somam 15%.

Ações ABICOL

Com o objetivo de fortalecer o mercado colchoeiro nacional, a ABICOL se dedica a promover um ambiente justo e competitivo, sustentado pelos pilares da inovação, da sustentabilidade e da qualidade dos colchões. No último ano, a ABICOL desenvolveu importantes ações de impacto para o setor. Destacaram-se as campanhas de combate à concorrência desleal, as premiações de boas práticas voltadas à sustentabilidade e o apoio ao desenvolvimento de pesquisas voltadas à qualidade e à inovação. Essas iniciativas não apenas fortaleceram a competitividade do setor, mas também reafirmaram o compromisso da ABICOL com a responsabilidade social e ambiental.

Para o próximo ano, a associação seguirá firme em seu propósito. A continuidade das ações de apoio e parcerias estratégicas com órgãos governamentais e entidades privadas será fundamental para fomentar a inovação e o desenvolvimento de uma indústria colchoeira mais sustentável. O foco estará na produção de colchões que contribuam para a redução da pegada de carbono, atendendo às crescentes demandas por práticas ESG e consumo responsável. Com essa visão, a ABICOL busca não apenas impulsionar o setor, mas também contribuir para um futuro mais sustentável e competitivo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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