Brasileiros confiam mais no setor financeiro do que na indústria de alimentos para envelhecer melhor

Brasileiros confiam mais no setor financeiro do que na indústria de alimentos para envelhecer melhor
Andre Cruz, CEO da Neura.                                                                                                                                       Crédito da foto: André Conti/Divulgação Neura

Enquanto 45% da população acredita na área de finanças para maior qualidade de vida, somente 37% conta com o ramo alimentício

Pensando em garantir um amanhã menos resistente à mudanças é que a Neura, curadoria de estudos comportamentais e porquês, lança A Permanência da Impermanência.Revelando as percepções dos brasileiros sobre a passagem do tempo, o estudo reforça o papel das indústrias e marcas ao auxiliar em uma nova maneira de enxergar a vida, a sociedade e a forma de consumo.Em parceria com a PiniOn, plataforma de pesquisa com mais de 3 milhões de usuários, a análise realizada com mais de 2 mil brasileiros de diversas idades, classes sociais e regiões do país, mostra que, para auxiliar a viver mais e melhor, a indústria de alimentos se destaca como a mais citada pelos entrevistados. Entretanto, a credibilidade é baixa, pois apenas 37% confia no ramo para apoiar a jornada da passagem do tempo.

“Com as nossas pesquisas quanti e quali, percebemos que os consumidores não querem apenas discussões superficiais sobre a longevidade, mas buscam conexão mais profunda com o tema. Estamos diante de uma dinâmica cultural que as marcas não podem ignorar”, afirma Andre Cruz, fundador e CEO da Neura e expert em Neurociência e Comportamento.

Segundo a análise, 95% da população acredita que é possível se preparar para viver mais e com qualidade, reconhecendo que a passagem do tempo pode ser acompanhada de uma vida mais saudável e plena. Além disso, 80% das pessoas afirmam que já estão tomando medidas concretas para atingir esse objetivo, adotando práticas que promovem o bem-estar físico e mental, como atividades físicas regulares, alimentação balanceada, cuidados com a saúde mental e maior atenção a hábitos de prevenção.

Observando a credibilidade de áreas e produtos que são considerados importantes para maior qualidade de vida, o setor de cosméticos conta com a confiança de 67% dos participantes, e o financeiro, 45%. Por outro lado, o ramo dos planos de saúde aparece com a menor confiança, de 34%.

“Isso é um verdadeiro chamado da sociedade para a indústria alimentícia. Por um lado, as pessoas indicam a alimentação como principal fator para manter a saúde e vitalidade, mas, por outro, não confiam na indústria para oferecer o suporte necessário”, ressalta Carol Dantas, co-CEO do PiniOn.

A questão estética, por sua vez, não é vista como prioritária: 86% das pessoas afirmam que a aparência física é menos importante que aspectos como conhecimento e saúde durante a passagem do tempo. Porém, a pressão social para parecer mais jovem é evidente, já que 43% das pessoas se sentem pressionadas a manter uma aparência mais jovial. Nesse contexto, marcas de cosméticos também têm relevância, aparecendo em segundo lugar nas menções espontâneas (13,8%).

Papel das marcas

Embora 16% das pessoas desejem que as marcas abordem mais o assunto em suas comunicações e sejam mais inclusivas, 35% preferem que elas desenvolvam serviços que realmente contribuam para uma vida mais longa e saudável. Ao mesmo tempo, 32% reforçam a necessidade de transparência nas promessas de produto.

“Os consumidores já têm uma noção clara do que é necessário para viver mais e melhor. O desafio agora é que a indústria como um todo transcenda a comunicação superficial e integre esse propósito em suas ofertas, posicionamento e promessas de forma autêntica e eficiente”, finaliza Cruz.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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