Descubra os mitos que podem comprometer o relacionamento com clientes em 2025

Descubra os mitos que podem comprometer o relacionamento com clientes em 2025

 Especialista traz dicas para garantir a satisfação e confiabilidade do consumidor

O setor de e-commerce atingiu a marca de R$ R$ 204,3 bilhões em 2024, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O crescimento e alta competitividade exigem cuidados para manter o bom relacionamento com o consumidor e evitar que o varejista perca oportunidades.

“É comum que os consumidores utilizem-se das facilidades das plataformas digitais para ter conforto e praticidade no dia a dia. O comércio eletrônico tem sido um importante facilitador, mas as marcas devem atentar para o comportamento e os interesses dos clientes. Só assim será possível estabelecer uma comunicação clara e satisfatória — elemento fundamental em uma boa relação”, comenta Daniela Torres, sócia e CEO da Simples Inovação, empresa com foco em modelagem de negócios para o e-commerce.

Daniela Torres, traz alguns dos principais mitos sobre o relacionamento com o cliente nos canais digitais, “mentirinhas” que podem interferir negativamente na experiência do usuário. Confira:

1. Atendimento via chatbot não é funcional

De acordo com um estudo da Opinion Box, 79% das pessoas disseram que se comunicam com empresas por meio do WhatsApp, provando que o uso de ferramentas tecnológicas pode, sim, auxiliar no relacionamento com o cliente.

“Os chatbots e o WhatsApp são exemplos de ferramentas que têm diversas funcionalidades para impulsionar o relacionamento digital com os consumidores. Porém, é necessário avaliar o interesse do público nesse canal de comunicação e analisar qual é a real contribuição da tecnologia para a satisfação do cliente durante a jornada de compra. Já é possível realizar um atendimento humanizado mesmo com o uso de bots, que podem contribuir para o alinhamento da cultura organizacional e a eficiência operacional”, explica Daniela.

A especialista também ressalta a importância de criar um ambiente virtual otimizado, que traga segurança e confiabilidade para o consumidor. “O atendimento deve ser coeso e o consumidor precisa ter a ciência que está em um ambiente seguro, por isso, recomenda-se investir em sistemas antifraudes e full commerce, que podem trazer suporte nesse sentido”, completa.

2. Previsão de entrega rápida é garantia de satisfação

Buscar agilidade na entrega dos produtos é importante para atrair o consumidor, mas descumprir prazos e evitar a comunicação diante de atrasos pode gerar desconforto no cliente e prejudicar sua fidelização. Por isso, para o especialista, a chave para a jornada de compra positiva nem sempre é a entrega mais rápida, mas a maior transparência.

“A troca com o consumidor traz confiança e credibilidade. Portanto, invista em uma logística de envio eficiente, oferecendo plataformas de monitoramento do percurso do material para que o cliente se sinta seguro e sem dúvidas da idoneidade da marca. A satisfação está atrelada à comunicação, não apenas à rapidez”, pontua Daniela.

3. Enviar muitos anúncios aos consumidores vai aumentar as vendas

A publicidade via mídias digitais pode e deve ser utilizada — no entanto, a estratégia precisa estar definida para que a comunicação não seja invasiva, levando à rejeição.

A personalização de anúncios é uma boa tática nessa conquista do consumidor, porque vai entregar conteúdos baseados em seus interesses e, consequentemente, as taxas de conversão serão maiores. Mesmo assim, é preciso leveza.

“A ideia de um produto pensado exclusivamente para atender a necessidade do consumidor pode aumentar as chances da efetivação da compra, mas sobrecarregar o cliente com uma série de informações, por meio de diferentes canais e sem uma estratégia eficiente, pode desmotivar o usuário a interagir com sua loja”, explica.

4. Pode tudo no marketing, o importante é chamar atenção

Nada disso — o consumidor é capaz de identificar propagandas enganosas e promoções falsas, especialmente durante aqueles períodos em que os descontos estão mais evidentes, como Black Friday, Natal e Dia Das Mães. As marcas devem estar atentas ao mercado e à concorrência para, de fato, fazer uma campanha sazonal, que não esteja somente baseada no marketing ou na prospecção de clientes, mas sim coesa com a precificação do mercado.

“O consumidor não gosta da ideia de se sentir enganado. Caso a marca não tenha robustez financeira para uma baixa real de preço nos produtos, é recomendado diversificar as formas de pagamentos, como parcelamento, pagamento via Pix e cashback”, finaliza.

Crédito da foto: Freepik

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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