Negociar ou refinanciar? Comece fevereiro com as finanças em dia

Negociar ou refinanciar? Comece fevereiro com as finanças em dia

Para decidir entre negociar ou refinanciar é preciso analisar a situação financeira com atenção

Com a chegada de fevereiro, muitos brasileiros buscam reorganizar suas finanças e eliminar dívidas acumuladas. Segundo uma pesquisa, realizada em 2024, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os brasileiros ficaram tanto mais endividados quanto mais inadimplentes na passagem de fevereiro para março. A proporção de famílias com contas a vencer passou de 77,9% em fevereiro para 78,1%, no terceiro mês do ano, apontou uma outra avaliação realizada Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Diante desse cenário, surge a dúvida: é melhor negociar ou refinanciar as dívidas? Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, oferece orientações para auxiliar nessa decisão.

Negociar dívidas envolve dialogar diretamente com o credor para ajustar as condições de pagamento. Essa estratégia pode incluir descontos no valor total, redução de juros ou extensão do prazo. “Negociar é uma alternativa viável para quem deseja quitar a dívida de forma mais rápida e com condições mais favoráveis. Já o refinanciamento consiste em substituir uma dívida existente por outra, geralmente com taxas de juros mais baixas ou prazos mais extensos. O que pode ser útil para reduzir o valor das parcelas mensais, mas é preciso atenção para não prolongar excessivamente a dívida e pagar mais juros no longo prazo”, alerta o especialista.

Para decidir entre negociar ou refinanciar, Motoda recomenda analisar a situação financeira com atenção:

  • Capacidade de pagamento: Avalie se é possível quitar a dívida negociada no prazo acordado ou se é necessário alongar o prazo por meio do refinanciamento.
  • Impacto no orçamento: Considere como cada opção afetará suas finanças mensais e se o refinanciamento não resultará em um custo total maior devido aos juros acumulados.
  • Objetivos financeiros: Defina suas metas para 2025 e escolha a opção que melhor se alinha a elas, seja eliminar dívidas rapidamente ou reduzir o valor das parcelas mensais.

Para iniciar 2025 com um planejamento financeiro sólido, Motoda sugere:

  1. Faça um diagnóstico financeiro completo: Liste todas as suas dívidas, incluindo valores, taxas de juros e prazos. Isso ajudará a entender a dimensão do problema e a traçar estratégias eficazes.
  2. Estabeleça um orçamento realista: Analise sua renda e despesas mensais, identificando áreas onde é possível reduzir gastos.
  3. Priorize o pagamento de dívidas com juros mais altos: Direcione recursos extras para quitar dívidas com maiores taxas de juros, como o cartão de crédito, para evitar o acúmulo de encargos.
  4. Negocie com credores: Entre em contato com seus credores para buscar condições mais favoráveis de pagamento.
  5. Evite novas dívidas: Antes de assumir novos compromissos financeiros, certifique-se de que suas finanças estão equilibradas e que você pode arcar com as novas despesas sem comprometer seu orçamento.

Manter a saúde financeira é fundamental para acessar linhas de crédito e financiamentos no futuro. Além disso, um histórico de crédito positivo contribui para uma melhor pontuação de crédito (score), facilitando a obtenção de condições mais favoráveis em empréstimos e financiamentos.

É importante ressaltar que, mesmo após cinco anos, as dívidas não desaparecem. Elas podem deixar de constar nos órgãos de proteção ao crédito, mas o débito continua existindo e pode ser cobrado. Portanto, é essencial buscar a regularização das pendências financeiras para evitar complicações futuras.

Com planejamento e disciplina, é possível iniciar 2025 com as finanças em ordem, abrindo caminho para a realização de seus objetivos financeiros ao longo do ano.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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