RH será mais humano e tecnológico em 2025

RH será mais humano e tecnológico em 2025

Não basta adotar IA, é preciso criar um ambiente onde as pessoas queiram estar

A convergência entre tecnologia e humanização promete transformar o setor de Recursos Humanos (RH) em 2025. O uso de Inteligência Artificial (IA) irá além da automação de processos, impactando o recrutamento, a personalização de treinamentos e o suporte ao colaborador. Ao mesmo tempo, temas como bem-estar, prevenção do Burnout e liderança humanizada ganham destaque nas estratégias das empresas.

Para Marcelo de Abreu, vice-presidente da Employer Recursos Humanos, as organizações que equilibrarem tecnologia e empatia estarão mais preparadas para atrair e reter talentos em um mercado cada vez mais competitivo. Segundo o executivo, a inteligência artificial continuará sendo uma das principais protagonistas das transformações no RH.

Atualmente, muitas empresas já utilizam IA para otimizar processos de recrutamento e seleção. Algoritmos analisam currículos de forma automatizada, identificando candidatos com maior compatibilidade para as vagas. Chatbots também têm auxiliado no suporte inicial a colaboradores, resolvendo dúvidas frequentes de forma ágil e eficaz.

Entretanto, uma pesquisa da Think Work em parceria com a Flash, mostra que sete em cada dez departamentos de RH no Brasil não utilizam IA em seus processos diários. “Esse dado revela o potencial de crescimento para 2025. Muitas empresas ainda não adotaram a IA devido a fatores como custo de implementação, falta de mão de obra qualificada e receio de impacto nas relações humanas. Isso abre uma janela de oportunidades para organizações que souberem equilibrar o uso da tecnologia com uma abordagem centrada nas pessoas”, afirma Marcelo de Abreu.

Humanização e experiência do colaborador

Com o aumento do uso de tecnologia, surge também a necessidade de fortalecer o lado humano no ambiente de trabalho. “O futuro do trabalho não é só digital, é humano. As empresas que falharem em criar um ambiente acolhedor, focado no bem-estar e na experiência do colaborador, verão suas taxas de rotatividade aumentarem”, alerta Abreu.

Uma pesquisa da Wellhub reforça essa perspectiva ao apontar que 92% dos entrevistados acreditam que o bem-estar no trabalho é tão importante quanto o salário. Isso significa que, além dos benefícios financeiros, as empresas precisarão promover iniciativas que garantam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, incluindo práticas de flexibilidade de jornada e programas de apoio à saúde mental.

Combate ao Burnout e à sobrecarga mental

De acordo com dados do INSS, o Brasil registrou, em 2023, 421 afastamentos por Burnout — o maior número dos últimos dez anos. Já informações da ISMA-BR, apontam que a síndrome atinge de forma especial os líderes, que enfrentam o desafio de gerenciar equipes em ambientes híbridos e remotos.

“É fundamental que as empresas não tratem o Burnout como uma questão individual, mas como uma responsabilidade organizacional. Nesse sentido, os líderes precisam dar o exemplo. Se o gestor é um workaholic assumido, o time seguirá o mesmo caminho”, ressalta Marcelo de Abreu.

Equilíbrio entre tecnologia e empatia

Para Abreu, cada vez mais os profissionais buscarão empresas que ofereçam um propósito claro e um ambiente onde querem estar. “Não basta ser uma empresa que contrata, é preciso ser uma empresa desejável”, enfatiza o executivo.

O futuro do RH estará pautado por um balanço delicado entre tecnologia e humanização. “Não basta adotar IA, é preciso criar um ambiente onde as pessoas queiram estar. O sucesso em 2025 não virá apenas de máquinas mais inteligentes, mas de líderes mais empáticos”, finaliza Marcelo de Abreu.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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