Tesouro Direto tem aumento de 22% e registra 3 milhões de investidores no último ano

Tesouro Direto tem aumento de 22% e registra 3 milhões de investidores no último ano

Aumento no número de investidores ocorre pelo crescimento da educação financeira entre os brasileiros

De acordo com o levantamento recente divulgado pelo Ministério da Fazenda, o Tesouro Direto segue em expansão no país. Prova disso, está o crescimento de 22% no número de investidores ativos em 2024, alcançando a participação de mais de 3 milhões de brasileiros na aplicação. O volume total investido nesse programa alcançou a marca de R$ 156,9 bilhões. Para Renan Diego, especialista em investimentos, o cenário positivo é uma consequência do aumento da taxa básica de juros.

“A previsão é que essa taxa alcance até 15% ao final de 2025, então, olhando para esse cenário, as pessoas estão encontrando oportunidades para faturar na renda fixa, um dos investimentos mais seguros atualmente. A aplicação no Tesouro Direto é feita através da compra de títulos públicos federais, sendo esse o primeiro motivo pelos brasileiros optarem por esse programa. O segundo fator para esse crescimento fica por conta do crescimento sobre educação financeira entre a população, atualmente, é possível encontrar diversos conteúdos gratuitos sobre finanças pessoais nas redes sociais”, aponta Renan.

Apesar de ainda estar longe do cenário ideal em relação à quantidade de investidores no Brasil, os primeiros passos para o país ter mais aplicações em diferentes programas já estão sendo dados. A evolução de aplicadores no Tesouro Direto, por exemplo, foi de 786 mil em 2018, para 1,44 milhão, caminhando para 2,12 milhões em 2022, e alcançando 3,01 milhões em 2024. Além disso, o número de investidores teve uma adição de 237.585 brasileiros somente em dezembro. Essa é a primeira vez que a quantia superou a marca de 3 milhões.

“Embora o cenário seja positivo, muitos brasileiros podem se questionar se é válido investir no Tesouro Direto, pensando na sua atual situação financeira. Essa aplicação é um investimento válido para todos os tipos de perfis de investidor, seja conservador ou moderado, independente da quantia que essa pessoa tem. O título público hoje é o tipo de investimento coringa, que ninguém pode deixar de ter na carteira. Porém, em relação ao retorno, ele dependerá do porcentual que será aplicado e também do objetivo de cada pessoa que está investindo”, afirma Renan.

O especialista em investimento explica que a aplicação no Tesouro Direto é uma das mais seguras por conta das altas taxas de juros no Brasil. “O Tesouro IPCA+, por exemplo, paga a inflação, mais uma taxa pré-fixada, isso o torna um dos melhores investimentos quando o assunto é manter o poder de compra das pessoas. No Tesouro Selic, o investidor pode resgatar a qualquer momento, pois o resgate de títulos do tesouro tem a liquidação D+1, recebendo a taxa básica de juros, que já é alta. Então, só há motivos positivos para investir o dinheiro no Tesouro Direto, independente do seu momento, se você está começando no mundo de investimentos, se você já é um intermediário ou se você é um avançado.”

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo próprio programa, as operações de investimento em títulos do Tesouro Direto também bateram um outro recorde em dezembro. Isso porque foram investidos R$ 8,55 bilhões, uma marca histórica.

Saiba como investir

“Para quem está começando a aplicar no Tesouro Direto, o primeiro passo é o Tesouro Selic, já que é um investimento que você pode tirar a qualquer momento, é ideal pra montar reservas financeiras como colchão de segurança, quando você não sabe o que vai fazer com o dinheiro. Você tá com uma grana, mas não sabe o que vai fazer, você vai viajar, você vai comprar uma casa, vai trocar de carro, então você deixa no Tesouro Selic, que isso te garante tirar a qualquer momento e não perder dinheiro”, recomenda o especialista.

A outra dica, segundo Renan, para quem quer investir a longo prazo com foco na sua aposentadoria, a aplicação no Tesouro IPCA é o mais recomendado, já que ajuda a manter seu poder de compra. “Quando ocorrer a queda da taxa básica de juros, é interessante aproveitar algumas oportunidades no Tesouro para realizar marcação a mercado. Ainda tem o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+. Esses são títulos para as pessoas que querem, por exemplo, montar uma aposentadoria tendo uma renda daqui a algum tempo, como se fosse uma previdência privada. A mesma coisa pelo Educa+, que é focado para você ter uma renda para complementar os estudos dos filhos e tudo mais, se você sabe investir, você consegue ter rendimentos melhores, oportunidades melhores do que esse.”

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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