Dólar começa março com queda de 2,70%

Dólar começa março com queda de 2,70%

Foi a maior baixa da moeda norte-americana em relação ao real em todo o governo Lula

O dólar teve nesta quarta-feira (05) o maior recuo diário em relação ao real em todo o governo Lula, encerrando o dia na casa dos R$5,75, queda de 2,70% em relação a sexta-feira (28), com as cotações se ajustando à baixa da moeda norte-americana no exterior nos últimos dias, quando o Carnaval manteve o mercado brasileiro fechado, em meio a sinais de desaceleração da economia dos EUA. Vale destacar que na sexta-feira (28), último dia de fevereiro, o dólar subiu  1,50%, encerrando o mês a  R$5,91, ou a maior cotação de fechamento desde 24 de janeiro, com investidores assumindo posições de proteção na moeda norte-americana para enfrentar o período de Carnaval no Brasil, que manteve o mercado fechado na segunda e na terça-feira.

O índice Bovespa fechou com alta de 0,22% aos 123.064 pontos. Entre as ações que mais subiram estão Vale +0,80%; Embraer +8,79%; Banco do Brasil +1,68%; Bradesco +2,05%; Itaú Unibanco +1,49% e Santander +1,43%.

Do lado das baixas, o grande destaque foi a queda de 3,65% da Petrobras. A forte baixa do petrróleo no mercado internacional contribuiu para a variação negativa.

Câmbio

A sinalização de medidas para conter a inflação, como a elevação da Selic, ajudou o real a se valorizar em fevereiro, além do fluxo cambial de saída ter diminuído bastante. Na avaliação de Lucas Tavares, especialista em câmbio na WIT Exchange, de acordo com os últimos dados de inflação e o crescimento na criação de novos empregos, não se prevê que o dólar retome um movimento de queda significativo no momento.

Em março, teremos a segunda Super Quarta do ano. Para Tavares, o mercado espera que o Banco Central aumente a taxa Selic para 14,25% , como tentativa de conter a inflação persistente. “Resta saber se o Copom seguirá a alta de 1 ponto percentual indicada na última reunião ou elevará ainda mais os juros, influenciado pelos dados do último IPCA-15. Ao mesmo tempo, o mercado espera que o Federal Reserve dos EUA mantenha as taxas de juros, já que a inflação ainda continua elevada”, observa.

Na avaliação do especialista em câmbio na WIT Exchang, a política de taxação comercial imposta por Trump tende a fortalecer o dólar em relação às demais moedas, principalmente as moedas de países emergentes. Esse conjunto de medidas cria um ambiente de incertezas e instabilidade comercial, que pode levar investidores a buscar refúgio em ativos mais seguros, como o dólar, além de elevar o custo dos produtos importados por esses países, pressionando a economia e fazendo com que as moedas locais se depreciem.

Indagado sobre quais estratégias de proteção cambial se recomenda para empresas e investidores neste momento, Lucas Tavares destaca que as empresas podem recorrer ao hedge, ao câmbio futuro e a instrumentos de crédito ou derivativos para mitigar riscos. “Para os investidores, é importante ter parte do patrimônio dolarizado e diversificar, mantendo uma parcela do capital em renda fixa – que é um ativo mais seguro, embora ofereça menor retorno”, acrescenta.

 

 

 

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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