Setor logístico fortalece inclusão feminina

Setor logístico fortalece inclusão feminina

Apesar dos avanços, a representatividade ainda é um desafio

O setor de transporte e logística, historicamente dominado por homens, tem passado por uma transformação significativa nas últimas décadas. Cada vez mais, mulheres estão conquistando espaço e assumindo funções estratégicas e operacionais na cadeia logística. Apesar desse avanço, o Brasil ainda enfrenta desafios para ampliar essa inclusão.

Dados do Relatório de Tendências 2024 da Trimble* revelam que apenas 15,8% dos profissionais da área de logística e gestão de frotas são mulheres, o que representa uma leve queda em relação aos 16,8% registrados em 2021. Além disso, a distribuição dessas profissionais segue desigual: a maioria está concentrada nos setores de Frota e Transporte e Logística e Supply Chain, enquanto apenas 9,5% atuam em áreas como planejamento, projetos e inovação.

No entanto, empresas como o Grupo IBL têm desempenhado um papel fundamental nessa mudança, promovendo a inclusão de mulheres em diferentes áreas da operação. Com 25 anos de atuação, o grupo — referência em operações logísticas, especialmente no transporte de cargas aéreas nos segmentos farmacêutico, eletrônico e alimentício — tem reforçado seu compromisso com a diversidade ao ampliar a presença feminina em cargos tradicionalmente ocupados por homens.

Atualmente, a empresa conta com 10 mulheres conduzindo caminhões e outras 10 atuando como vigilantes armadas, demonstrando uma ampliação do espaço feminino em funções operacionais.

“Acreditamos que a diversidade é essencial para a inovação e o crescimento do setor. A inserção de mulheres em cargos operacionais e estratégicos faz parte da nossa missão de oferecer oportunidades equitativas e fortalecer nosso time com diferentes perspectivas e habilidades”, destaca a coordenadora de Recursos Humanos do Grupo IBL, Regilane Assunção.

Tendências globais

Essa inclusão feminina no setor também se reflete em tendências globais. Uma pesquisa da Transport Logistic** apontou um aumento de 20% na contratação de mulheres dentro das grandes empresas do setor ao redor do mundo. No Brasil, um levantamento da plataforma de recrutamento Gupy revelou um crescimento de 229% na contratação feminina em áreas de logística desde 2020. Em São Paulo, dados do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) mostram que, em 2022, houve um aumento de 61% na admissão de mulheres no Transporte Rodoviário de Cargas. No entanto, a maioria dessas contratações ainda ocorre em funções administrativas.

Segundo Regilane, um dos maiores desafios para as mulheres na logística é a baixa representatividade em cargos de liderança. Para mudar esse cenário, o Grupo IBL tem adotado processos seletivos com avaliações às cegas, garantindo que as contratações sejam baseadas exclusivamente em competências e experiência, sem viés de gênero. Hoje, a empresa conta com 24 mulheres ocupando o cargo de liderança. “Ainda enfrentamos preconceitos e estereótipos de gênero, mas, com dedicação, conquistamos reconhecimento. Felizmente, vemos cada vez mais empresas investindo na diversidade e criando oportunidades reais para mulheres”, destaca Regilane.

Ela ressalta que as mulheres, incluindo as jovens aprendizes, estão cada vez mais escolhendo cursos na área de logística. Segundo ela, a presença feminina no setor tem crescido rapidamente, impulsionada por habilidades como maior sensibilidade e empatia em determinadas tratativas. “As mulheres têm uma escuta mais atenta e uma capacidade ampliada de compreender as demandas, o que faz diferença no dia a dia da logística. Isso tem levado a uma adesão cada vez mais acelerada ao segmento”, conclui.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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