7 indicadores que precisam ser acompanhados pelas empresas para garantir a saúde financeira

7 indicadores que precisam ser acompanhados pelas empresas para garantir a saúde financeira

Fluxo de caixa, EBITDA, liquidez e endividamento são alguns dos pontos que precisam ser monitorados de perto

“Quase metade dos pequenos negócios não sobrevive por falta de atenção à saúde financeira da empresa”, alerta Silvinei Toffanin, sócio e CEO da Direto Group – empresa de wealth management com quase 30 anos de mercado. A afirmação é reforçada por uma pesquisa realizada pelo Sebrae, que aponta que 48% das micro e pequenas empresas fecham as portas por problemas relacionados à falta de planejamento financeiro e descontrole de caixa.

“Infelizmente, muitos gestores acabam não fazendo um acompanhamento contínuo de indicadores que são vitais para o negócio. Dessa forma é muito fácil e rápido perder o controle administrativo e financeiro da empresa. Prestar atenção a pelo menos 7 desses pontos pode fazer toda a diferença para o futuro da companhia”, explica o especialista.

De acordo com Toffanin, da Direto Group, manter a saúde financeira de uma empresa é essencial para sua sustentabilidade e crescimento a longo prazo. Independentemente do porte ou do setor de atuação, o acompanhamento de alguns indicadores permite aos gestores tomar decisões estratégicas com mais segurança, corrigir desvios de rota e antecipar possíveis crises.

O especialista aponta, então, quais indicadores financeiros que precisam ser monitorados constantemente:

1. Fluxo de Caixa

É considerado o coração da saúde financeira de qualquer negócio, uma vez que é o meio pelo qual se torna possível acompanhar todas as entradas e saídas de dinheiro dentro de um período específico. É essa ferramenta, que revela a real disponibilidade de recursos da empresa. Trata-se de um indicador importante, uma vez que um fluxo de caixa positivo indica que a empresa está gerando mais dinheiro do que gastando, o que é essencial para honrar compromissos de curto prazo, investir em melhorias e manter a operação saudável. Para acompanhá-lo, é essencial manter os registros atualizados, separar receitas recorrentes das extraordinárias e projetar o fluxo de caixa futuro para evitar surpresas.

2. Lucratividade

Mede quanto da receita se transforma, de fato, em lucro. Pode ser dividida em:

– Margem Bruta: reflete o lucro antes dos custos operacionais;

– Margem Operacional: considera as despesas com a operação;

– Margem Líquida: representa o lucro final, após as deduções das despesas.

De acordo com o especialista da Direto Group, manter margens de lucratividade saudáveis mostra que a empresa consegue transformar receitas em lucro de maneira eficiente.

3. EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização)

É um indicador que mostra a geração de caixa operacional da empresa, desconsiderando efeitos contábeis e financeiros que não impactam diretamente a operação. Trata-se de um bom indicador de desempenho operacional, usado amplamente por investidores e analistas para avaliar a performance de empresas.

4. Índice de Liquidez

Mostra a capacidade da empresa de honrar suas obrigações no curto e no longo prazo. É importante, uma vez que permite entender o risco de inadimplência e avaliar a solidez financeira da companhia.

5. Endividamento

Este indicador mostra a proporção de capital de terceiros em relação ao capital próprio da companhia, ou seja, revela quanto da empresa está financiada por capital de terceiros. É fundamental, pois um nível de endividamento elevado pode comprometer a sustentabilidade do negócio, especialmente em cenários de aumento das taxas de juros.

6. Giro de Ativos

Indica a eficiência da empresa em utilizar seus ativos para gerar receita. É calculada por meio da razão entre a receita líquida e ativos totais médios da companhia. Trata-se de um indicador relevante, uma vez que empresas com bom giro de ativos conseguem gerar mais receita com menos recursos investidos.

7. Retorno sobre o Patrimônio (ROE)

Mostra o quanto os acionistas estão ganhando em relação ao capital investido. Pode ser calculado ao dividir o lucro líquido pelo patrimônio líquido e é considerado importante por medir a rentabilidade do negócio. Trata-se de um indicador fundamental para atrair e manter investidores.

“Acompanhar esses indicadores permite à empresa ter um panorama claro de sua performance financeira. No entanto, é importante lembrar que um único indicador isolado raramente conta toda a história. O ideal é utilizá-los de forma integrada, adaptando a análise à realidade e ao contexto de cada empresa. Além disso, contar com sistemas de gestão integrados e profissionais capacitados em finanças são outros pontos fundamentais para a interpretação correta dos dados e sua transformação em insights e ações estratégicas”, recomenda e finaliza Silvinei Toffanin, sócio e CEO da Direto Group.

Crédito da foto: Freepik

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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