Empresa paranaense vai abrir mais de 500 vagas em 2025

Empresa paranaense vai abrir mais de 500 vagas em 2025
Ruth Helena, João Nicastro e Meire Zamoner.

Cenário favorável no setor de tecnologia fez com que a oferta de vagas crescesse nos últimos anos

Quais são as profissões que estão em alta no mercado de trabalho e com as melhores perspectivas salariais? Uma das maiores plataformas de vagas do Brasil apontou recentemente uma lista com 25 atividades promissoras, sendo que 80% delas estão relacionadas à tecnologia da informação e ao mundo digital. A verdade é que os setores estão contratando muito, mas a falta mão de obra qualificada preocupa as empresas e especialistas.

Anualmente o Brasil forma 53 mil profissionais para o setor, sendo que a demanda atual chega a 160 mil trabalhadores, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, 80% relacionadas à tecnologia da informação. Até 2030 esse déficit pode chegar perto de 600 mil vagas.

“Nós também enfrentamos este problema, pois o nosso mercado, das fintechs, cresceu muito rapidamente nos últimos anos. Por conta disso, investimos na atração de talentos”. A afirmação é da diretora de RH do J17 Bank, Meire Zamoner, que ainda em 2025 tem a missão de colocar no mercado mais de 500 vagas, entre diretas e indiretas.

“A maior quantidade de vagas está concentrada nas áreas de tecnologia, para desenvolvimento, segurança cibernética, inteligência artificial, qualidade e gestão de produtos”, destaca Ruth Helena, CIO do J17. Em forte crescimento, a fintech paranaense também vai abrir oportunidades para as áreas comercial e de operações.

João Nicastro, fundador e CEO do J17 Bank, diz que vem acompanhando esse movimento já faz muitos anos. “Estamos crescendo mais rápido do que a maioria dos nossos concorrentes, mas sem as pessoas certas, isto não teria sido possível. E é justamente este conjunto: “pessoas, processos e tecnologias”, que nos levara a um patamar ainda mais elevado, como empresa e produzindo um impacto positivo na sociedade. Tudo hoje está na palma da mão, por conta do digital”, analisa.

O empresário comemora a nova fase, de crescimento e abertura de vagas, afirmando com orgulho que “somos uma marca empregadora, pelo que já construímos em termos de projetos e entrega para o mercado. Continuar crescendo é muito gratificante e é o que nos inspira na transformação do J17, rumo a ser o primeiro unicórnio do interior do Paraná. Já temos um feito: já trouxemos a “Faria Lima” para o interior, tendo recebido investimentos, por exemplo, do Itaú BBA. Somos uma instituição com a cara do interior, que ainda conversa com os seus clientes e é esse clima que cultivamos entre os colaboradores”.

Nos últimos anos o ritmo de crescimento do J17 Bank, que tem sede em Londrina, foi impressionante. “Triplicamos o número de colaboradores e exponenciamos os resultados. Para sustentar esse crescimento, precisamos de pessoas acima da média e, por conta disso, a empresa vai ter que fazer a sua segunda mudança de sede nos próximos meses, para um espaço quase quatro vezes maior do que o atual”, comemora a diretora de RH, Meire Zamoner.

Desafios do mercado

Marcelo Nóbrega, professor e especialista de RH e Tecnologia, diz que hoje em dia ”toda empresa é um fundo de investimento tecnológico e o ativo intelectual e de mão de obra é o grande diferencial que vai dar longevidade ao negócio”. Segundo ele, este déficit de vagas é preocupante em todo mundo, mas no Brasil a situação é mais grave, pela falta de investimento em formação desses talentos nos últimos anos.

Nóbrega comenta que “investir em tecnologia e na formação de talentos virou questão de soberania nacional”. Ele cita exemplos de países como China, Índia e Estados Unidos. “Quando eu estudei, na década de 80, Ciência da Computação na Universidade Columbia, eu era o único brasileiro. Os estrangeiros eram financiados por seus governos e voltavam aos seus países para difundir o que tinham aprendido. Trinta anos depois onde é que estão estes países e onde que está o Brasil?’, pergunta Marcelo Nóbrega.

Para amenizar o problema da falta de mão-de-obra qualificada, o conselho do professor é um esforço concentrado, de governo e empresas, na formação de profissionais para as suas bases e mercado, mas com cursos diferenciados, mais curtos, em conta e focados na necessidade do mercado. “É um esforço massivo, amplo e colaborativo”, aconselha Marcelo Nóbrega, alertando que “num momento em que tudo é Inteligência Artificial, já passou da hora de termos uma preocupação com os talentos do presente e futuro na área tech”. Ele lembra que “se aqui a disputa tipo “caça de talentos” é grande entre as empresas, as estrangeiras têm vindo buscar nossos melhores técnicos para trabalhar em casa e ganhando em dólar”.

No ambiente empresarial, Meire Zamoner fala como têm feito este enfrentamento. “Contratar bem, alinhando os hards e os soft skills, mas principalmente compreendendo as pessoas e provendo um ambiente adequado para as diferentes gerações, como os X, Millenials e os recém-chegados Z. Oferecer um ambiente atrativo, com bom clima e perspectivas de aprendizado e crescimento, ser transparente e oferecer uma remuneração compatível e benefícios diferenciados. Essas são as nossas receitas aqui no J17 Bank”, finaliza a diretora de RH.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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