Um terço da população brasileira conseguiu economizar em 2024

Um terço da população brasileira conseguiu economizar em 2024

Cerca de 32 milhões de pessoas ficaram de fora do mercado financeiro mesmo com uma reserva disponível

Um terço da população conseguiu economizar dinheiro em 2024. É o que mostra a oitava edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Datafolha. É a primeira vez, em todos os anos do estudo, que a proporção de quem economizou atinge esse patamar – em relação a 2023, houve alta de três pontos percentuais (de 30% para 33%), o que representa aumento de cerca de cinco milhões de pessoas. Em 2022, a parcela era de 32% e em 2021 de 27%.

Entre o público que economizou em 2024, menos da metade (39%) aplicou os recursos em produtos de investimento (queda de três pontos percentuais em relação a 2023). Isso significa que 32 milhões de indivíduos ficaram de fora do mercado financeiro mesmo tendo alguma reserva disponível.

“Duas em cada dez pessoas que economizaram deixaram o dinheiro guardado em casa ou parado na conta-corrente. Esse número tem crescido ano a ano e representa uma oportunidade para as instituições do mercado financeiro reforçarem seus atributos, além de promoverem iniciativas de educação entre clientes que já utilizem os serviços bancários, mas ainda não optem pelas soluções de investimento”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima.

Destinos para o dinheiro economizado  
Aplicou em produtos financeiros

(renda fixa, títulos, ações, poupança, previdência privada)

39%
Guardou o dinheiro 21%
Comprou imóvel / casa própria / terreno 8%
Reformou / construiu uma casa 6%
Comprou carro / moto / caminhão 6%
Fez uma viagem / passeio 4%
Investiu em um negócio próprio / capital de giro 4%
Gastou com saúde 4%

Base: conseguiram economizar – 2.007 entrevistas (2 p.p) | Espontânea e múltipla, em % – Citações até 4%.

Quem conseguiu economizar?

As classes A/B e C puxaram para cima o resultado do ano. Segundo a pesquisa, a fatia de pessoas que conseguiram economizar na classe A/B passou de 48%, em 2023, para 54% em 2024. Já na classe C evoluiu de 29% para 33% no mesmo período. A classe D/E continuou no patamar de 2023, com 16%. Na análise por gerações, os Millennials foram os mais econômicos (47%), quase empatados com as Gerações Z (46%) e X (45%).

 

Entre as atitudes adotadas pelas pessoas que conseguiram economizar, a principal foi a redução de gastos com atividades fora de casa (45%). Iniciativas relacionadas ao planejamento financeiro, como evitar compras desnecessárias (25%), guardar parte do salário (18%) e controlar despesas (17%) apareceram na sequência.

Atitudes adotadas por quem conseguiu economizar  
Diminuí gastos / deixei de sair

Ir em festas/viajar/beber/fumar/usar menos o carro

45%
Evitei compras desnecessárias 25%
Guardei uma parte do salário todo mês

Guardei sempre que sobrava algum dinheiro

18%
Controlei as despesas

Coloquei os gastos no papel/ fiz as contas para não gastar mais/planejamento financeiro

17%

Base: total da amostra – 5.846 entrevistas (1 p.p.) e conseguiram economizar – 2.007 entrevistas (2 p.p) | Espontânea e múltipla, em % – Citações até 5%

 

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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