Setor atacadista distribuidor cresce 5,4% no primeiro semestre de 2025

Setor atacadista distribuidor cresce 5,4% no primeiro semestre de 2025

Desempenho do primeiro semestre reflete resiliência da cadeia de abastecimento, mas inflação limita ganhos reais

O faturamento do setor atacadista distribuidor cresceu +5,4% no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Termômetro ABAD/NielsenIQ, em comparação com o mesmo período do ano anterior, sempre em termos nominais. Dentro desse intervalo, junho registrou o menor crescimento (+1,2%), enquanto março foi o mais expressivo, com alta de +8,4%, ambos em relação aos mesmos meses do ano anterior.

Na comparação entre junho e maio de 2025, houve uma retração de -7%, comportamento semelhante ao observado em 2024, quando o recuo no mesmo intervalo foi de quase -5%.

Com uma inflação acumulada de 5,35% no mesmo período, o resultado nominal de 5,4% sinaliza um crescimento praticamente nulo em termos reais.

“O setor conseguiu manter um desempenho positivo do ponto de vista nominal, o que, diante do atual cenário econômico, já representa um esforço significativo”, avalia Leonardo Miguel Severini, presidente da ABAD e da UNECS.

Segundo Severini, “sabemos que o crescimento real é praticamente inexistente, o que reforça a importância de seguir atuando por um ambiente econômico mais favorável. Seguimos enfrentando juros elevados, instabilidade no consumo das famílias e incertezas em torno da regulamentação da reforma tributária. Ainda assim, a cadeia de abastecimento tem demonstrado resiliência e continua sendo um pilar estratégico para o país.”

Desempenho por porte de empresa

As grandes empresas do setor, com faturamento acima de R$ 100 milhões, lideraram o crescimento, com avanço de +15,5% em junho. Na sequência, destacaram-se empresas com receita entre R$ 25 e R$ 45 milhões, que cresceram +10,4%.

Já os demais portes registraram retração: empresas com faturamento de até R$ 25 milhões recuaram -11,3%, e aquelas entre R$ 45 e R$ 100 milhões tiveram queda de -9,6%.

Sinais do varejo

O estudo da NielsenIQ também traz insights sobre o comportamento do varejo nacional. Embora junho tenha apresentado desaceleração no valor total comercializado, houve leve recuperação no volume de vendas, com destaque para os canais Farma e Eletro.

No setor farmacêutico, o crescimento foi registrado em todas as regiões, com destaque para o Nordeste e o Centro-Oeste. Já o varejo de alimentos foi impactado pela redução nos preços de frutas, legumes e verduras, que estimulou o consumo, mas não compensou em faturamento.

No cenário macroeconômico, a balança comercial teve superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, o menor saldo para o mês nos últimos seis anos. Além disso, a confiança do comércio recuou pelo segundo mês consecutivo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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