Integração entre RH e Gestão de Terceiros impulsiona cultura de segurança e reduz riscos trabalhistas

Integração entre RH e Gestão de Terceiros impulsiona cultura de segurança e reduz riscos trabalhistas

Integração entre áreas fortalece a cultura de prevenção, amplia práticas de compliance e reduz passivos

Em 2023, o Brasil registrou 732.751 acidentes de trabalho, o que equivale a 83,7 casos por hora, segundo o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), publicado pela Previdência Social. Os dados reforçam a necessidade de consolidar uma cultura de segurança como valor organizacional, indo além do cumprimento de normas para envolver todos os profissionais, internos e terceirizados, em práticas preventivas e sustentáveis.

“Quando a segurança é definida como valor da empresa, ela deixa de ser apenas um protocolo e passa a ser vivida no dia a dia. Isso se reflete em práticas como onboarding com foco em segurança, treinamentos recorrentes e feedbacks contínuos, além do apoio às lideranças no acompanhamento de indicadores e prevenção de riscos psicossociais”, explica Rafaela Lucena, sócia da área de Soluções em RH da Bernhoeft, consultoria empresarial com quase 30 anos de atuação.

Essa atuação, porém, só é completa quando integrada à Gestão de Terceiros, área responsável por garantir a conformidade de fornecedores e parceiros. Bruno Santos, CRO e sócio da Bernhoeft na área de Gestão de Terceiros, ressalta que a corresponsabilidade é um ponto crítico nesse processo. “A empresa contratante também é corresponsável em caso de acidentes, por isso é essencial monitorar desde a homologação até o cumprimento de treinamentos e exames médicos. Além disso, práticas como auditorias de campo e treinamentos integrados permitem que fornecedores compartilhem da mesma cultura de prevenção”, afirma.

A tecnologia vem sendo uma grande aliada na transformação dessa rotina. Segundo Bruno, soluções digitais e inteligência artificial, como a Bex.ai, da Bernhoeft, já automatizam etapas da mobilização de fornecedores, com leitura e validação de mais de 25 documentos em poucos segundos, garantindo agilidade e precisão. “Esse tipo de análise automatizada, combinada à revisão humana especializada, contribui para uma gestão preditiva, que antecipa riscos e assegura a conformidade contínua”, completa.

Para Rafaela, a integração entre RH e GRT fortalece não apenas a segurança, mas também a reputação e a governança corporativa. “O RH atua como guardião da coerência cultural, enquanto a Gestão de Terceiros amplia essa responsabilidade a todos os elos da cadeia. Quando essa cultura se estende para além dos colaboradores diretos, a empresa reduz passivos trabalhistas e reforça seu compromisso com critérios ESG”, destaca.

Outro ponto fundamental é o uso estratégico de dados e indicadores de segurança, que refletem o grau de maturidade da cultura corporativa. Entre eles estão as taxas de frequência e gravidade de acidentes, o absenteísmo por saúde ocupacional e os registros no eSocial, como os eventos S-2210 (Comunicação de Acidente), S-2220 (Monitoramento da Saúde do Trabalhador) e S-2240 (Condições Ambientais). “Esses dados permitem uma gestão mais ativa, baseada em evidências e conformidade”, complementa Rafaela.

Ambientes inseguros tendem a gerar altas taxas de absenteísmo e turnover, principalmente em áreas operacionais. Já empresas que cultivam uma cultura de segurança sólida costumam manter equipes mais engajadas, participando de comitês internos, campanhas e treinamentos de forma espontânea. “O monitoramento contínuo, aliado à tecnologia, contribui para ambientes mais seguros, produtivos e sustentáveis”, reforça Bruno.

“A segurança no trabalho é um tema que exige integração e responsabilidade compartilhada. Quando RH e Gestão de Terceiros atuam de forma coordenada, a prevenção se torna um ativo estratégico que protege pessoas, fortalece a reputação e assegura a sustentabilidade dos negócios”, conclui Rafaela.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *