Copom mantém juro a 8,75% na última reunião do ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) terminou nesta quarta-feira ( 9) sua oitava e última reunião do ano e decidiu pela manutenção do juro básico do País (Selic) a 8,75% ao ano. Com isso, o indicador permanece no menor patamar desde a sua criação em 1999. Este piso foi estabelecido em julho e também mantido nas reuniões de setembro e outubro. A decisão foi tomada por unanimidade e sem viés (de alta ou de baixa).

 “Levando em conta, por um lado, a flexibilização da política monetária implementada desde janeiro, e por outro, a margem de ociosidade remanescente dos fatores produtivos, entre outros fatores, o Comitê avalia, neste momento, que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas ao longo do horizonte relevante e para a recuperação não inflacionária da atividade econômica”, afirmou o comitê em sua nota.

 O Copom acrescentou que o nível atual do juro contribui para “assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas ao longo do horizonte relevante e para a recuperação não inflacionária da atividade econômica”.

 Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que espera juro estável para o ano que vem, mesmo com a perspectiva de que as medidas do governo para estimular a economia possam gerar pressão inflacionária. Ele descartou essa hipótese e afirmou que as previsões do mercado mostram um ándice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do teto em 2010.

 A Selic iniciou 2009 em 13,75%, sendo reduzida para 12,75% já na primeira reunião do Copom no ano, em janeiro. Em março, caiu para 11,25% ao ano, com nova redução em abril para 10,25%.

 Em junho houve um novo corte de 1 ponto percentual para 9,25% ao ano e em julho o comitê reduziu o ritmo, com uma queda de 0,5 ponto percentual para 8,75% ao ano, percentual que é mantido desde então.

 A taxa básica remunera os títulos públicos depositados do Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de pará¢metro para o custo do dinheiro nas operações de empréstimo entre bancos. Por consequência, também influencia a taxa cobrada dos consumidores que pegam dinheiro de instituições financeiras.

 Quanto menor a Selic, mais interessante para os bancos é emprestar ao consumidor e esperar o recebimento de juros maiores, do que comprar títulos do governo, que são garantidos, mas pagam menos. De acordo com a última pesquisa da Fundação Procon-SP, a taxa média para o empréstimo pessoal em 10 grandes bancos brasileiros ficou em 83,06% ao ano (5,17% ao mês) na pesquisa de dezembro.

Soma

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