Pequenas e médias buscam transparência
As demandas de investidores e órgãos reguladores para que as empresas de capital aberto sejam mais transparentes na divulgação de informações financeiras começam a mudar a atitude de empresas privadas de capital fechado (PHB) em todo o mundo. Hoje, mais da metade dos líderes de empresas (52%) acredita que uma maior transparência é um dos principais benefícios da informação financeira. በo que mostra estudo da Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton. A pesquisa, chamada International Business Report (IBR), ouviu 7.400 empresários em 36 economias. Os empresários da Irlanda, Filipinas e Taiwan são os mais entusiasmados com a clareza das informações, com 85% das empresas citando a divulgação dos dados econômicos e financeiros como um dos principais diferenciais para os negócios.Â
Para Alex MacBeath, líder global de mercados da Grant Thornton International, os resultados do estudo indicam que, apesar de as PHBs não serem obrigadas a divulgar resultados financeiros, os líderes empresariais reconhecem, cada vez mais, que, para competir e crescer, precisam ser mais transparentes e facilmente comparáveis com os concorrentes. As empresas reconhecem que a divulgação de dados financeiros ajuda no crescimento dos negócios, com 37% dos entrevistados citando um acesso mais fácil ao capital como um dos principais benefícios, além de facilitar o comércio exterior (17%).
Entre os empresários brasileiros ouvidos na pesquisa, 31% defendem que a divulgação de informações econômicas traz maior transparência (31%), reduz custos (31%) e facilita o acesso ao capital (12%), entre outras respostas. A pesquisa também pediu a opinião dos empresários sobre o International Financial Reporting Standards para as pequenas e médias empresas (IFRS para as PMEs). Já adotado no Brasil por meio do CPC para Pequenas e Médias Empresas, o IFRS para as PMEs é um conjunto simplificado das normas contábeis internacionais.Â
Para o sócio da Terco Grant Thornton responsável pela área de Práticas Internacionais, Daniel Maranhão, a adoção do IFRS para as PMEs fará com que elas sejam mais transparentes e mais facilmente comparáveis com companhias similares em todo o mundo.