Com inflação e juros altos pequenas e médias empresas são as mais afetadas

inflação - 2No ano passado a inflação oficial passou de 10%. Para este ano, as projeções não são diferentes. A inflação não só prejudica os consumidores, mas os pequenos e médios negócios acabam sendo os mais afetados. Por isso, sobreviver a um período de inflação alta implica, diretamente, na redução de custos fixos, além de um trabalho minucioso sobre a planilha de custos variáveis, o que significa, administrar melhor os gastos com bens ou serviços como energia elétrica, combustível, transporte, gás, telefone e, em alguns casos, a folha de pagamento. A finalidade é repassar ao mínimo a inflação ao consumidor, pois quanto maior for a alta de preço dos produtos, mais as vendas cairão, afetando diretamente o faturamento.

Eu conversei com o professor Jefferson Fischer, que é o coordenador dos cursos de Tecnologia em Comércio Exterior e Gestão Financeira da Faculdade Opet, e ele dá algumas dicas importantes para que as empresas continuem sobrevivendo em tempos de inflação elevada e aumento das taxas de juros.

Segundo o professor, em primeiro lugar, as empresas devem evitar cair no rotativo do cartão de crédito corporativo, onde os juros são os mais altos do mercado. Os empresários também devem fugir de qualquer forma dos financiamentos rápidos sem garantia, bem como do cheque especial, para atender uma necessidade imediata de caixa, porque o custo dessas operações é muito elevado. As empresas que precisarem de alavancagem financeira devem buscar linhas de crédito subsidiadas para o seu segmento ou então financiamentos com juros menores.

E como a inflação alta corrói o valor de compra da moeda nacional, Jefferson Fischer aconselha os empresários a não deixarem o dinheiro parado na empresa ou na conta corrente. Uma opção é comprar moeda estrangeira, se necessário, com planejamento e nos períodos de baixa, e vender nos momentos de alta.

No caso das compras, o fundamental é planejar, cotar, barganhar e pechinchar para conseguir preços melhores. As empresas também devem estabelecer controles rígidos sobre o materiais de consumo e infraestrutura. E também sobre o setor de compras, para evitar aquisições erradas e supérfluas.

Por último, o coordenador de cursos da Opet aconselha os empresários a modernizarem processos e trabalharem com tecnologia para redução dos custos de produção. Já os descontos e vendas a médio e longo prazos devem ser evitados, pois a inflação alta torna as matérias primas cada dia mais caras.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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