Previdência privada tem vantagens em relação aos fundos de investimento no longo prazo

André Coutinho
André Coutinho.

A previdência privada sempre esteve atrelada à ideia de segurança financeira. O rombo na previdência social coloca o produto ainda mais em relevo e abre a concorrência com outra forma de aplicação: os fundos de investimento. Os especialistas têm opinião semelhante quando se considera o cenário econômico atual e o aporte em longo prazo: considerando a previsão do Banco Central de uma taxa Selic de 15,25% nesse ano, a previdência privada composta por planos com fundos de Renda Fixa provavelmente será a melhor alternativa em função da rentabilidade.

O diretor da Senzala Corretora de Seguros, André Coutinho, explica que os benefícios fiscais associados ao PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e ao VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) concedem vantagens à previdência privada em relação aos fundos de investimento, quando se trata de aplicações de longo prazo. Coutinho explica que o PGBL é indicado para a pessoas que optam pela declaração completa do Imposto de Renda. “Ele é o único que oferece a opção de dedução do IR de até 12% da renda bruta anual tributável”, comenta.

O cálculo a seguir ajuda a entender como funciona o abatimento fiscal. Se a renda bruta declarada for de R$ 60 mil no ano, o incentivo fiscal do PGBL da previdência privada pode corresponder a até 12% dessa renda, ou seja, até R$ 7.2000,00. Porém, quando os recursos do PGBL na previdência privada forem sacados, o IR será pago sobre o total do montante contido no fundo.

Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é indicado para quem faz a declaração simplificada do IR e o benefício fiscal é a redução do percentual de imposto a ser pago no momento no resgate, em função do tempo da aplicação. “Para as aplicações com mais de dez anos, contados a partir da data de cada aporte que foi feito, na tabela regressiva, a alíquota que incide no resgate será de apenas 10%, apenas cobrado sobre a rentabilidade, contra 15% de um fundo de investimento” compara Coutinho.

O corretor de seguros recomenda que a tabela progressiva é indicada para aplicações de médio prazo, pois, a alíquota aplicada no resgate seria de 15%, podendo chegar a 27,5%, dependendo do montante envolvido. Os fundos para VGBL e PGBL na previdência privada dividem-se em três categorias principais: soberano (títulos de governo), Renda Fixa (títulos do governo e privados) e compostos (Renda Fixa mais renda variável).

Os títulos de renda variável não podem exceder 49% do total de ativos na previdência privada. “Ao contratar um plano de previdência privada, o investidor pode optar pelo resgate da reserva acumulada ou pelo recebimento de uma renda mensal vitalícia ou temporária”, lembra Coutinho.

Independente da escolha do plano, tabela ou fundo associado à previdência privada, o diretor da Senzala Corretora de Seguros, André Coutinho, chama a atenção para alguns itens que devem ser verificados antes da adesão. “Recomenda-se verificar os custos envolvidos na operação, ou seja, as taxas de administração e carregamento que incidem sobre a quantia aplicada, bem como o prazo que o cliente deseja deixar o dinheiro na aplicação”, alerta.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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