Cresce a proporção de empresas brasileiras que utilizam conexões à Internet mais velozes

A décima primeira edição da pesquisa TIC Empresas, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), indica mudança no perfil da infraestrutura de tecnologias de informação e comunicação (TIC) presente nas empresas brasileiras. O estudo identificou um aumento na contratação de conexão à Internet com faixas de velocidades mais altas: entre 2012 e 2015, a proporção de empresas brasileiras que afirmaram contratar planos com velocidades de até 1 Mbps passou de 19% para 8%, enquanto as que contrataram velocidades acima de 10 Mbps passou de 21% em 2012 para 40% em 2015. Esse movimento foi observado entre empresas de todos os portes.

O objetivo do estudo – que passará a ser realizado a cada dois anos – é trazer subsídios para compreender a adoção das TIC em empresas dos diferentes mercados de atuação investigados na pesquisa, e apoiar políticas públicas que incentivem o desenvolvimento das TIC nestes setores.

A pesquisa TIC Empresas 2015 também mostra que 70% das empresas têm conexão à Internet via linha telefônica – DSL e 64% via cabo, enquanto apenas 5% possuem conexão discada e 6% via satélite. A disponibilidade de computador e Internet nas empresas brasileiras de pequeno, médio e grade porte está universalizada há alguns anos, de acordo com a série histórica da pesquisa. Os dispositivos móveis, no entanto, ainda não estão amplamente disseminados: os notebooks e tablets estão presentes em 69% e 19% das empresas, respectivamente.

“A TIC Empresas identificou, nos últimos anos, avanços concretos na qualidade da infraestrutura TIC nas empresas. Porém, devemos chamar atenção de que não basta apenas ter boa velocidade de conexão à Internet, é necessário acompanhar as atividades que as empresas estão realizando na rede, sobretudo como o acesso à Internet está sendo utilizado para melhorar o desempenho e inovação, bem como entender as diferenças existentes entre as regiões do País e os mercados de atuação”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Atividades na Internet

Enviar e-mails (99%), buscar informações sobre produtos ou serviços (94%), e fazer pagamentos, transferências e consultas bancárias via Internet banking (88%) seguem como as atividades mais frequentes para a maioria das empresas brasileiras. Tarefas que demandam habilidades específicas, por sua vez, são realizadas em menor proporção: 43% das empresas afirmaram que entregam produtos ou serviços em formato digital, 35% fazem treinamento de funcionários e 32% utilizam telefone via internet (VoIP).

Presença na Internet

A presença de websites pelas empresas não apresentou grande variação desde 2012, quando começou a ser medida pela pesquisa, permanecendo no patamar de 57% em 2015. Este indicador, no entanto, varia segundo o porte: entre as grandes e médias empresas, 87% e 75% respectivamente, possuem website. Entre as pequenas, essa proporção é menor (52%). A pesquisa revela crescimento no percentual de empresas que perfil ou conta próprios em alguma rede social: passou de 36%, em 2012, para 51%, em 2015. Entre as empresas de grande e médio porte, 60% e 56%, respectivamente, possuem perfil em redes sociais, enquanto entre as empresas de pequeno porte este número é de 50% “As redes sociais podem representar um obstáculo menor para as pequenas empresas, se comparada aos websites e outras ferramentas de comunicação on-line. Em 2014, por exemplo, 11% delas tinham perfil em rede social e não tinham e-mail, enquanto em 2015, essa proporção foi de 18%”, informa Barbosa.

Habilidades e apropriação das TIC

O principal tipo de software utilizado é o de licença de uso, que chega a 76% das empresas, frente a 52% das que utilizam software por licença livre e 22% das que usam software desenvolvido pela própria empresa. Em 2015, 70% das empresas brasileiras promoveram a atualização de seus softwares e uma parcela menor (31%) introduziu softwares novos. Na percepção das empresas, essa introdução ou atualização dos softwares melhorou principalmente a organização dos processos da empresa (80%), a produção de informações para tomada de decisões (74%) e a integração e comunicação entre as áreas da empresa (71%).

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *