Taxa de câmbio aquece vagas de trabalhos em alguns setores
Com o real não muito valorizado alguns setores estão comemorando – principalmente aqueles que trabalham com exportação. Dólar mais alto significa mais ganhos nas vendas e mais oportunidades para quem quer trabalhar. Eliane Catalano, coordenadora de Seleção da Nossa Gestão de Pessoas e Serviços, explica que a exportação está favorecendo muitas empresas como as que estão ligadas com o agronegócio – que tem um volume grande para fora do país.
“Verificamos que alguns nichos de mercado, embora tenham alguma dificuldade no mercado interno, estão aquecidos agora. Geralmente são empresas que possuem uma linha de produção derivada para exportação e algumas vagas de analistas de importação e exportação surgiram justamente por essa demanda” aponta Eliane.
A coordenadora da Nossa afirma que a qualidade do profissional que o mercado busca influencia muito na decisão de contratação: “O mercado externo é bem exigente e essas vagas operacionais são preenchidas por profissionais com experiência em logística.”
Outro cenário verificado por Eliane Catalano é que a indústria nacional, mesmo com matéria-prima importada, consegue produzir mais e vender também para o mercado interno com um custo menor tão competitivo quanto o produto importado – além das vendas para fora do país. “Isso tudo mesmo com alguns gargalos logísticos, setores e segmentos afetados com essa leva de dólar em alta. O grande desafio para quem está buscando oportunidades nestes setores é identificar quais são essas empresas e onde está o volume maior de vagas” completa Eliane.
Além de ter certa experiência neste setor, outro requisito básico que as empresas solicitam está certo domínio de um segundo idioma, como o inglês, que pesa mais na seleção: “Duas línguas sempre, não só para o próprio analista de exportação e importação, mas também o profissional de logística precisa saber.
Nilceia Neri, Consultora Comercial da da Nossa Gestão de Pessoas e Serviços, explica que o trabalho realizado pela Nossa é identificar o segmento que está em alta e verificar com o que existe no banco de talentos para oferecer estes profissionais para as empresas.
“Não adianta apenas identificar uma oportunidade e não poder entregar da maneira correta. Tem que fazer todo um estudo em cima de cada caso, de cada candidato” esclarece Nilceia. A consultora, no entanto, explica que está faltando gente qualificada no mercado pois tem muita gente já ocupando postos de trabalho. “Tem muitos profissionais sim e a gente percebe que são bem específicos, mas grande parte já está trabalhando. Novas vagas surgem pois novas demandas surgem” finaliza Nilceia.