Dia dos Pais não evita nova queda da atividade do comércio em agosto
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, houve retração de 0,9% na atividade varejista no país durante o mês de agosto/16 (na comparação com julho/16), já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (agosto/15), houve retração de 5,7% na movimentação dos consumidores. Apesar de ter sido a décima terceira queda consecutiva neste critério de comparação, foi a menor dos últimos 11 meses. No acumulado do ano, isto é, até agosto de 2016, o comércio varejista registra queda de 7,9% perante o mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a perda de renda real, ocasionada pela inflação ainda elevada e pelo aumento das taxas de desemprego no país e as condições de crédito bastante restritivas continuam pesando negativamente sobre a atividade varejista nacional, embora os níveis de confiança dos consumidores estejam um pouco melhores do que estavam ao início do ano.
Todas as categorias pesquisas registraram recuo na atividade varejista em agosto/16. O maior deles foi o tombo de 3,4% no segmento de veículos, motos e peças. O setor de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática recuou 2,2% e o de tecidos vestuário e calçados caiu 1,3%, o mesmo percentual de queda observado pelo segmento de combustíveis e lubrificantes. As menores retrações em agosto/16 ocorreram no segmento de material de construção (-0,3%) e no se supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,4%).
A maior retração do consumidor no período de janeiro a agosto de 2016 deu-se no segmento de veículos, motos e peças, o qual registrou queda de 15,1% frente ao mesmo período do ano passado. A segunda maior queda foi de 13,5%, observada no movimento dos consumidores nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Houve recuo também significativo, de 12,8%, nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática.
Retrações menores ocorreram nas lojas de material de construção (-6,8%) e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-7,5%). Somente o segmento de combustíveis e lubrificantes se mantém no terreno positivo, com alta de 3,9% em relação período acumulado de janeiro a agosto do ano passado.