Pirataria continua como a grande vencedora do Oscar
Enquanto a indústria do cinema se prepara para mais uma edição do Oscar, os fãs correm para assistir todos os filmes indicados ao prêmio mais famoso do segmento. Infelizmente, o hábito de acessar este tipo de conteúdo de forma ilegal é tão famoso quanto o prêmio, tanto que os filmes indicados estão entre os conteúdos mais pirateados nas últimas semanas, de acordo com o Torrent Freak , publicação dedicada a trazer as últimas notícias sobre direitos autorais e privacidade.
Dos 10 filmes mais baixados, seis deles foram indicados ao Oscar: “Ford vs Ferrari” está no topo da lista e recebeu quatro indicações na premiação; “Coringa” está na 4ª posição do Torrent Freak e concorre a 11 estatuetas; “1917”, que acabou de estrear no Brasil, é um dos queridinhos da pirataria e tem 10 indicações a uma estatueta. Ainda figuram na lista dos mais baixados de forma ilegal os filmes “Frozen 2”, “Era Uma Vez em… Hollywood”, e “Malévola: Dona do Mal”.
Filmes mais pirateados na semana passada (Torrent Freak)
A Kaspersky, empresa global de cibersegurança, alerta para os perigos de baixar conteúdo ilegal da internet. Segundo os dados de 2019, a pirataria é a segunda causa mais comum entre os ataques de malware no ano passado – que registrou 682 milhões de ataques, uma média de 21 tentativas de infecção por segundo no País. Golpes disfarçados não são uma tática nova, a empresa já havia alertado sobre ataques circulando na internet antes da estreia de Star Wars – A Ascensão Skywalker .
“O download e a instalação ilegal de software sustenta organizações criminosas, que lucram muito com a pirataria e o cibercrime. O melhor a se fazer é buscar alternativas acessíveis, mas legais. Junte um grupo de amigos e estabeleçam um rodízio entre todos para assinar os serviços de streaming disponíveis, também é possível organizar noites de “maratonas” para ver os filmes que não estão disponíveis online, alugando o conteúdo de dividindo o custo entre todos. Todos se divertem de forma segura e sem apoiar os criminosos da internet”, sugere Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky.
O analista condena ainda outro comportamento comum: o desligamento da solução de segurança para concluir um download. Uma pesquisa da Kaspersky com a consultoria Corpa mostrou que 41% dos brasileiros fizeram isso. “Imagine se seu prato predileto tivesse um recado do tipo ‘alimento contaminado’, você o comeria? A situação é a mesma, mas como o impacto de um cibercrime é virtual, a maioria das pessoas o menosprezam e isso mantém as organizações ilegais“, explica Assolini.
Para se manter seguro, os usuários são aconselhados a seguir os seguintes passos:
• Tenha cuidado com o que você baixa. Um dos objetivos prioritários dos cibercriminosos é enganá-lo para realizar o download de arquivos maliciosos. Como regra geral, não baixe arquivos que pareçam suspeitos ou provenientes de um site em que você não confia;
• Utilize um software de segurança robusto. Produtos como o Kaspersky Total Security oferecem proteção tanto contra os programas maliciosos quanto as páginas falsas – além de outras ameaças.
• Atualize o sistema operacional e os aplicativos regularmente, pois constituem uma camada vital de segurança.
Não se esqueça: pirataria é crime, de acordo com as leis 9.609 e 9.610/98 prevista no Código Penal brasileiro. Mesmo que o usuário não revenda o conteúdo baixado, a pessoa que disponibilizou o link está infringindo uma lei. Por isso, quem comete tal delito também está sujeita a reclusão de até quatro anos e multa.