Voluntariado empresarial auxilia no aumento da prática solidária no Brasil

Voluntariado empresarial auxilia no aumento da prática solidária no Brasil

O Brasil tem cerca de 7,2 milhões de voluntários que atuam nas mais diferentes entidades, sejam na área de educação, cultura, saúde, esportes, ciências, recreação, assistência social, entre outras. O número, registrado pelo IBGE e referente ao ano de 2018, parece ser grande, mas representa apenas 3% da população nacional.

O voluntariado empresarial representa uma forma de ampliar o alcance dessa prática, que beneficia tanto quem cede um pouco do seu tempo em prol de uma causa quanto quem o recebe. Todavia, esse é um âmbito que merece cautela quando aos procedimentos formais, já que o serviço de voluntariado é regido pela Lei Federal 9608/98.

“Para as empresas que desejam iniciar um projeto de voluntariado, independentemente da área de enfoque, o primeiro passo é elaborar um planejamento estratégico inicial”, avisa a advogada Marcella Souza, coordenadora do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da Andersen Ballão Advocacia (ABA).

Nele, devem constar as expectativas daquilo que se deseja alcançar, possibilidades e objetivos do programa. É importante salientar que a instituição beneficiada pode ser uma entidade pública de qualquer natureza, ou instituição privada sem fins lucrativos.

Outro requisito formal é firmar um termo de adesão entre a entidade e o prestador do serviço voluntário. “No documento devem constar o objeto e as condições de seu exercício, e, a depender da entidade beneficiada, as regras específicas internas relativas aos voluntários”, explica a advogada.

A ABA oferece consultoria e assessoria jurídica a empresas que desejam implementar programas de voluntariado ou regulamentar o trabalho já realizado em entidades e instituições. Pessoas físicas também podem recorrer a esse auxílio profissional para iniciar uma atividade solidária.

O resultado desejado, na maioria dos casos, é a transformação da realidade das comunidades, além do fortalecimento do engajamento do colaborador no ambiente de trabalho e do benefício positivo para a imagem da marca.

Sorrisos como recompensa

Um exemplo de resultado registrado pela excelência no voluntariado é o serviço prestado voluntariamente pela ABA na gestão administrativa, financeira e de assessoria jurídica ao Instituto Princesa Benedikte. Ao se responsabilizar por tantas áreas da mesma entidade, os advogados envolvidos precisam dedicar-se a temas que vão além de sua expertise jurídica, o que representa um ganho para todos.

“A vivência de entidades sociais tem uma dinâmica própria, e acabamos envolvidos em diversos outros aspectos, nos forçando a ter ainda mais dedicação para realizar as atividades necessárias, com uma grande motivação que são as causas por trás de tudo isso”, conta Marcella Souza.

Para a advogada, testemunhar, reconhecer e demonstrar para o público interno do escritório a importância do trabalho voluntário também traz benefícios. “Há um tipo de valor agregado não vinculado à parte financeira apenas, ou seja, é uma outra espécie de lucro, tão importante quanto, pois também implica diretamente na imagem do escritório.”

Ela também considera que, para além dos resultados mais aparentes, que também contam muito – como testemunhar a melhora na qualidade de vida das crianças, passando um tempo com elas, ou ainda recepcionar um membro de uma família real como a princesa dinamarquesa que esteve em Curitiba em outubro de 2019 –, uma outra questão envolvida é a função social alcançada por esse voluntariado, seja na função de advogados, como também enquanto empresa.

Outro exemplo de empresa que presta serviços voluntários é a Smartcom Inteligência em Comunicação que, desde 2013, presta serviços voluntários para entidades sem fins lucrativos. O retorno social e de marketing da iniciativa foi tão positivo que, desde 2019, a agência com sede em Curitiba e alcance global decidiu contribuir para o planejamento e gerenciamento das redes sociais do Instituto Princesa Benedikte, o que já vem trazendo resultados visíveis para a rede de contatos da entidade.

“No momento da escolha da entidade, é preciso que haja uma identificação entre a causa e a marca. O planejamento estratégico auxilia nessa etapa e mostra as vantagens do voluntariado para o negócio. Trabalhamos com comunicação, então foi natural a empatia com entidades que envolvem aspectos educacionais e de futuro. Este é o legado que queremos deixar para a comunidade”, complementa Silvana Piñeiro Nogueira, diretora da Smartcom.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *