Apenas sete fundos imobiliários tiveram valorização em 2020
O setor imobiliário foi um dos mais afetados pela pandemia. Consequentemente, os fundos apresentaram grande queda em 2020. Dos dos 120 fundos imobiliários (FIIs) que fazem parte do IFIX (popularmente conhecido como o “Ibovespa dos fundos imobiliários”), apenas sete tiveram valorização no YTD (year-to-date), ou seja, no período entre 01/01 e 13/07. É o que aponta levantamento realizado pelo Yubb (https://yubb.com.br/), maior buscador de investimentos do país.
Confira o ranking completo das maiores altas dos fundos que compõem o IFIX:
Posição |
Empresa |
Ticker |
Rentabilidade |
1 |
Caixa Rio Bravo |
CXRI11 |
15,10% |
2 |
Hospital Nossa Senhora de Lourdes |
NSLU11 |
10,58% |
3 |
BB Renda Corporativa |
BBRC11 |
8,12% |
4 |
JHSF Rio Bravo Fazenda Boa Vista Capital Protegido |
RBBV11 |
5,34% |
5 |
Green Towers |
GTWR11 |
1,46% |
6 |
VBI FL 4440 |
FVBI11 |
1,35% |
7 |
CSHG GR Louveira |
GRLV11 |
1,32% |
8 |
Capitania Reit FoF |
CPFF11 |
0% |
9 |
CSHG Prime Offices |
HGPO11 |
-3,88% |
10 |
RB Capital Renda I |
FIIP11B |
-3,59% |
“É importante lembrar que as quedas estavam muito mais acentuadas em fevereiro e março. Em abril, o IFIX apresentou valorização de 4,39%; em maio, de 2,08%; e em junho, de 5,59%”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. “Será que veremos em julho mais um resultado positivo? É importante lembrar que, no YTD, o índice acumula uma queda de -14,17%”.
Na análise por setores, os fundos de fundos, também conhecidos como FOFs (fund of funds), se destacaram. É o caso do Caixa Rio Bravo, que ocupa o 1º lugar no ranking, com rentabilidade em 15,10%, e do Capitania Reit FoF (8º lugar, 0%). “Como esses são fundos imobiliários que investem em outros fundos imobiliários, contam com um fator de diversificação, o que torna mais fácil minimizar os riscos”, detalha Pascowitch.
O levantamento também listou as maiores quedas no mesmo período:
Posição |
Empresa |
Ticker |
Rentabilidade |
1 |
TRX Edifícios Corporativos |
XTED11 |
-51,20% |
2 |
Edifício Galeria |
EDGA11 |
-42,87% |
3 |
Kiena II Real Estate Equity |
KRNE11 |
-39,61% |
4 |
General Shopping e Outlets do Brasil |
GSFI11 |
-39,43% |
5 |
Edifício Almirante Barroso |
FAMB11 |
-38,98% |
6 |
Rio Bravo IFIX |
RBFF11 |
-38,42% |
7 |
Pátria Edifícios Corporativos |
PATC11 |
-37,44% |
8 |
Hotel Maxivest |
HTMX11 |
-37,06% |
9 |
SP Downtown |
SPTW11 |
-35,62% |
10 |
BB Progressivo |
BBFI11B |
-35,61% |
Na liderança, a TRX Edifícios Corporativos representa um dos setores mais afetados: as lajes corporativas. “As lajes corporativas sempre foram um dos favoritos entre os brasileiros que gostam de investir em fundos imobiliários. São grandes empresas que alugam grandes prédios para trabalhar, o que era um ótimo negócio até o coronavírus chegar”, pontua Bernardo.
Com a crise, a maioria das empresas instituiu o home office e começou a renegociar seus espaços físicos. Isso já fez com que houvesse perda de atratividade e queda na rentabilidade. “Hoje, muitas instituições estão prorrogando o home office até 2021 ou, até mesmo, fechando seus escritórios e viabilizando essa nova estrutura estrutura de trabalho de modo permanente, o que afeta ainda mais o setor”, conclui.