Brasileiros em Portugal: entenda como funciona a aposentadoria

Brasileiros em Portugal: entenda como funciona a aposentadoria

O número de aposentados que optam por morar em outros países vem crescendo anualmente. E, somente em Portugal, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2019 haviam mais de 151 mil brasileiros vivendo legalmente, representando, atualmente, uma das maiores comunidades de brasileiros no exterior.

Para a advogada e especialista em Direito Previdenciário, Previdenciário Internacional e do Servidor Público e, sócia do Domeneghetti Advogados Associados, Fátima Domeneghetti, muitos brasileiros optam por residir em Portugal pela qualidade de vida, facilidade com o idioma, segurança e oportunidade de trabalho. “Essas características atraem os brasileiros a morarem e se aposentarem em terras lusitanas”, comenta.

Vantagens da aposentadoria no exterior

Com a chegada da aposentadoria para brasileiros no exterior, estes podem optar por se aposentar tanto em Portugal quanto no Brasil, porém a aposentadoria no exterior, possui algumas vantagens, e ciladas, e para saber fazer a melhor escolha, o correto é efetuar um estudo detalhado tanto do benefício no exterior, quanto no Brasil, antes de efetuar o pedido da concessão do benefício, aponta Fátima.

Por isso, a advogada lista e esclarece as principais dúvidas sobre o tema.

Quais as regras e valores mínimos para se aposentar em Portugal?

As regras para se aposentar em Portugal exigem tempo de contribuição e idade mínima, para que, o trabalhador possa receber benefícios. A aposentadoria por idade exige como idade mínima de 66,5 anos para homens e mulheres, com um tempo mínimo de 15 anos de contribuição no Regime Geral, tanto para empregados, quanto empreendedores.

Uma novidade é que, a aposentadoria por idade, passou a contar com valores mínimos, de acordo com o tempo de contribuição do trabalhador desde janeiro de 2020, sendo, € 275,30 para menos de 15 anos, € 288,79 de 15 a 20 anos, € 318,67 de 21 a 30 anos e € 398,34 para 31 ou mais anos de contribuição.

É possível requerer também, a aposentadoria antecipada, porém é necessário ter no mínimo 40 anos de contribuição e 60 anos de idade. “O País também tem a Pensão Social por Velhice, ou seja, um valor pago para as pessoas de baixa renda, com mais de 66,5 anos de idade. Atualmente o valor desse benefício é de € 211,79”, aponta Fátima.

Qual opção de aposentadoria é mais vantajosa?

Essa dúvida é comum entre os brasileiros que residem no exterior e ficam perdidos no momento de definir como e, aonde requerer a aposentadoria. “Como especialista no assunto, já presenciei brasileiros se aposentarem sem planejamento, apenas seguindo informações superficiais, perdendo assim, a oportunidade de ter uma aposentadoria mais vantajosa financeiramente. Por isso, a melhor dica é se planejar, e, esse planejamento, deve ser feito com um especialista em previdenciário internacional. Ele irá auxiliar, a traçar uma estratégia que garanta um benefício vantajoso, sem riscos” informa.

O Brasil tem acordo previdenciário com Portugal?

Sim! Através dele é possível contar tempo de contribuição em cada país, para concessão de aposentadorias, pensões e auxílios no país acordante. A advogada explica que em relação à aposentadoria em Portugal, é possível ter o tempo de contribuição do INSS para o sistema de previdência de lá para formar um benefício de aposentadoria por idade ou invalidez. Já, se for requerer um benefício no INSS, com o tempo de contribuição português, é possível requerer aposentadoria por tempo de contribuição, idade ou invalidez.

“Mesmo quem pretende usar o Acordo Previdenciário entre Brasil e Portugal, a dica é buscar o auxílio de um advogado especialista no Direito Previdenciário Internacional, para explicar as vantagens e desvantagens do uso do acordo para o seu caso, evitando assim, prejuízos no momento de requerer o benefício previdenciário”, informa.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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