Pandemia acelera processo de digitalização dos negócios e na Região Sul comércio eletrônico cresce 102%

Pandemia acelera processo de digitalização dos negócios e na Região Sul comércio eletrônico cresce 102%

A pandemia acelerou o processo de digitalização das empresas e, consequentemente, dos negócios. E o que era esperado para um período de dez anos, em poucos meses tudo se transformou. O isolamento social fez com que o consumidor buscasse novas formas de compras.

Só para se ter uma ideia, o comércio eletrônico na Região Sul cresceu 102%, em 12 meses, segundo o índice MCC-ENET, divulgado nesta quarta-feira (23) por Edson Souza Júnior, Adriano Nasser e Rafael Corrêa, executivos do Google no Brasil para um grupo de jornalistas dos três estados do Sul do País, e do qual eu participei.

Segundo os executivos, depois da pandemia, o Google Meet (serviço de videochamadas) está ganhando 2 milhões de usuários a cada dia e vem registrado um aumento de 32% de novos compradores digitais.

Diante da nova realidade e com o objetivo de verificar a intenção de compra online dos consumidores, o Google Brasil encomendou uma pesquisa ao instituto Ipsos. O estudo também tem como objetivo mostrar para pequenas e médias empresas a importância de estarem presentes no universo digital.

No que se refere a consumo, a pesquisa mostrou que os pontos mais importantes para os brasileiros que têm a intenção de fazer compras ainda este ano, são a facilidade para fazer escolhas, segurança, opções de compras sem sair de casa, descontos e preço do frete. A maioria deles afirma que só pretende comprar em lojas físicas que adotaram medidas de distanciamento social e proteção para usuários e funcionários. Além disso, metade dos entrevistados admitiram que é mais estressante fazer compras presencialmente do que pela internet.

Outro dado importante neste sentido mostra que 43% dos brasileiros afirmaram que não veem mais razão para comprar algo na loja física se tem a opção de comprar online.

Qual o futuro das lojas físicas?

Então eu perguntei aos executivos o que deve acontecer com as lojas físicas. Na avaliação do gerente de Comunicação, Rafael Corrêa, as lojas físicas não vão acabar, mas é fundamental a integração com o mercado online para continuar crescendo.

Como se preparar para o momento de compras online?

Para as empresas que precisam entrar no digital, o aplicativo Google Meu Negócio, permite que o empreendedor crie e gerencie o perfil do seu negócio no Google, podendo ser encontrado na Busca e Google Maps.

Para as empresas que precisam vender seus produtos online, o Google lançou, em parceria com a Loja Integrada, o Cresça suas vendas com o Google, oferecendo um pacote gratuito de serviços para que empreendedores criem, divulguem e gerenciem seus próprios e-commerces na rede. O objetivo é fomentar a criação de até 100 mil novas lojas virtuais até o final de 2020.

No entanto, saber como gerenciar um negócio digital é tão importante quanto ter as ferramentas em mãos. Para ajudar o empreendedor a usar os recursos disponíveis, o Google desenvolveu, em parceria com a Rede Mulher Empreendedora, a Mentoria Cresça com o Google. O projeto oferece a empreendedores a oportunidade de tirar dúvidas e receber orientação de profissionais sobre as principais áreas da rotina de uma empresa que foram impactadas durante a pandemia.

De site crowdfunding à ótica: conheça a história de empresas que cresceram com ferramentas digitais

O Google apresenta casos de sucesso de empresas da região Sul do Brasil que investiram em campanhas digitais para se adequar ao momento de pandemia.

Conheça abaixo as histórias da região Sul que são destaque do Google:

Paraná – Escola Conquer

Antes da pandemia, todos os cursos da escola Conquer, focados em desenvolvimento de soft skills e habilidades ligadas à nova economia, eram presenciais. No início da quarentena, a Conquer criou equipes multidisciplinares e converteu todos os cursos para o modelo on-line em 72h, garantindo a permanência dos alunos matriculados com uma taxa de cancelamento de menos de 1%.

A partir de análises no Google Trends, a empresa identificou um volume crescente de buscas por “cursos online” e “Inteligência Emocional” e, com base nesse diagnóstico, decidiu disponibilizar gratuitamente o seu curso mais procurado e vendido: o de Inteligência Emocional. Poucos meses depois, a escola desenvolveu e disponibilizou gratuitamente outro curso gratuito, o de Finanças Pessoais, também focado em ajudar os brasileiros que passavam por momentos difíceis na pandemia.

Com uma estratégia de marketing baseada nas campanhas digitais e de mídia, a escola conquistou mais de 700 mil novos estudantes para o curso de Inteligência Emocional e mais de 300 mil para o curso de Finanças Pessoais, chegando a mais de 1 milhão de alunos em 89 países.

Rio Grande do Sul – Vakinha

O Vakinha é o maior site de crowdfunding do Brasil destinado a financiar projetos por meio de doações de seus usuários online.

Com a pandemia, a empresa viu a necessidade de ampliar suas estratégias digitais, usando outros formatos de anúncio do Google, como Display e Discovery, oferecidos por meio do Google Ads, para ganhar mais visibilidade no on-line. A estratégia ajudou a empresa a se conectar com pessoas com interesse em arrecadar fundos a encontrarem o site.

Durante os últimos três meses, a Vakinha teve um crescimento de 80% no volume de campanhas geradas, registrando também aumento de 300% no número de arrecadações.

Santa Catarina – Super Óticas São José

A rede de óticas do Sul do país, que tem mais de cem lojas entre próprias e unidades franqueadas nos três estados da região, passou a investir mais em campanhas digitais, para compensar a perda de potenciais clientes que passavam pelas lojas físicas – fechadas devido a pandemia.

Com o auxílio do time do Google, a empresa reorganizou seus anúncios on-line, reduzindo inclusive o preço de cada campanha e alcançando potenciais clientes, agora no ambiente digital. Com a nova estratégia, viu o faturamento em  vendas on-line aumentar em 16%.

Para o futuro, a Super Óticas São José continuará investindo nas campanhas digitais, que hoje representam 50% do seu investimento em marketing.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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