5 passos essenciais para evitar dor de cabeça com o Pix

5 passos essenciais para evitar dor de cabeça com o Pix

Muito tem se falado sobre como bancos, investidores e especialistas do mercado financeiro enxergam o Pix, e o que eles esperam do setor após sua implantação oficial, prevista para o próximo mês. Mas dúvidas, medos e receios por parte dos futuros usuários não tendem a terminar tão cedo, afinal, será preciso usar e se adaptar até que o novo formato de transações financeiras digitais se torne de fato a melhor opção. E quais cuidados serão necessários para que haja uma preservação segura dos dados bancários e uso correto do novo sistema de pagamentos do Banco Central?

Caio Lopes, cofundador e CTO da Mobile2you, empresa especializada no desenvolvimento de produtos digitais sob medida, reuniu cinco passos essenciais para que os usuários possam evitar problemas com o Pix. Fundada em 2011, a mobile-house tem trabalhado e estudado o Pix desde seu anúncio e possui, atualmente, cerca de 70% da demanda oriundo do mercado financeiro, o que representa cerca de 85% de seu faturamento.

Confira:

1. Cadastro seguro das chaves

Hoje, para realizar uma transferência bancária, você precisa informar a instituição, agência e conta da outra pessoa, além de nome completo e CPF. Com o Pix, isso fica mais fácil, já que apenas o e-mail ou o número de celular da pessoa já servem como uma chave para realizar a transação.

É necessário, porém, se atentar às instituições que prezam pela segurança dos clientes e que confirmam as informações antes da validação – para conferir se você realmente tem acesso àquele endereço de e-mail ou àquele aparelho de celular, enviando um SMS de confirmação, por exemplo.

Essas chaves são de responsabilidade dos órgãos emissores e não do Banco Central. Então, é importante prestar atenção se sua instituição está cuidando bem da sua segurança já na etapa de cadastro de chaves.

2. Taxas

Se hoje os bancos cobram taxas para transferências entre pessoas físicas, com o Pix isso não vai mais acontecer. Então, preste muita atenção se seu banco cobra ou não taxas adicionais nas transferências realizadas pelo Pix, que deverão ser totalmente gratuitas.

Apenas nos casos de vendas diretas é que existe, sim, uma cobrança de taxa. Verifique com sua instituição bancária qual é o valor e evite problemas futuros.

3. Compensação imediata

Até então, após realizar uma transferência ou um pagamento via DOC/TED, o normal é esperar horas ou até mesmo dias até o “dinheiro cair” na conta de destino. Com o Pix, o dinheiro é transferido imediatamente após a tela de confirmação, ou seja, a transação leva poucos segundos para ser efetuada.

Caso você realize uma operação financeira e o dinheiro não apareça na mesma hora na sua conta ou na conta da outra pessoa, desconfie e procure entender o que está errado. Na dúvida, procure sua instituição bancária.

4. Atenção aos pagamentos com QR Code estático

Com o Pix, os QR Codes serão muito utilizados na hora de realizar pagamentos. E, basicamente, por dois tipos: o estático e o dinâmico. E é importante saber quando e para qual finalidade utilizaremos cada um deles. O QR Code estático é uma imagem fixa, como um código de barras, e pode ser utilizado diversas vezes, em diferentes transações.

Ele é ideal para lojistas, prestadores de serviço e pessoas físicas, já que você define um valor fixo para o produto e, toda vez que alguém ler aquele código com o celular, o mesmo valor vai aparecer para ser pago. Ele também permite que o pagador coloque valores diferentes a cada compra. Isso significa que ele pode ser impresso e utilizado em pontos de venda, ou então para dividir um jantar entre amigos.

Em outras palavras, ideal para o uso no dia a dia. Já o QR Code dinâmico mostra uma imagem que fica em constante movimento, e é utilizado de forma exclusiva a cada transação – assim, uma vez que utilizado, não serve mais para nada. Além do valor, é possível incluir informações como a identificação do recebedor, e é um tipo de código mais formal, que funcionará como um boleto ou com cobranças relacionadas a e-commerce, por exemplo. Os QR Codes são seguros e rápidos, então não hesite em utilizar essa ferramenta tecnológica. Basta saber usar com responsabilidade e inteligência.

5. Aspectos legais

Caso haja a necessidade de utilizar um modelo de pagamentos capaz de “protesto”, o Pix ainda não é a opção mais indicada. Isso porque, para os fins legais, um boleto registrado pode ser utilizado em um processo jurídico, e um QR Code Dinâmico ainda não. Ou seja, se estiver na dúvida em relação a isso, cogite o boleto tradicional.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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