Consumidores correm risco de pagar mais caro por cerveja sem álcool no Paraná
Consumidores poderão pagar mais caro por cervejas sem álcool devido ao projeto de lei do Governo do Paraná que aumenta alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) para essas bebidas e refrigerantes. Em Toledo, a 540 quilômetros de Curitiba, a Cervejaria Colônia já estima que, se houver elevação de 18% para 29%, como previsto, o preço maior deverá ser repassado ao consumidor.
Efeito
Ao menos 16 indústrias de refrigerantes podem ser atingidas em todo o Estado, e ameaçam fechar as portas, caso a Assembleia Legislativa aprove a medida.
De acordo com o gerente comercial da cervejaria Colônia, Mauro Bernhard, o consumidor vai sentir o efeito da proposta, caso os deputados decidam aprová-la.
“Certamente, se isso ocorrer, vai aumentar o preço para o consumidor”, afirma, lamentando a elevação de imposto prevista no projeto de lei. A cervejaria é associada à Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil).
Dinâmica
Bernhard acredita que o governo deveria ter mais sensibilidade e entender melhor a situação de pequenas e médias empresas, principalmente, já que, ressalta, são importantes para a dinâmica da economia em todo o Estado. “As empresas que geram riqueza, e isso acaba impactando. Qualquer custo adicional acaba sempre sendo algo ruim”, avalia.
A cervejaria, fundada em 1996, produz cervejas com álcool e, mais recentemente, passou a fabricar também sem álcool, como a Colônia Pilsen e a Colônia Malzbier. A empresa emprega 350 funcionários, diretos, com carteira assinada, e tem centenas de colaboradores indiretos.
Beneficiada por privilégio do governo, a Ambev paga quatro vezes menos ICMS que pequenas cervejarias no Estado. A multinacional também recebe do próprio governo do Paraná incentivos fiscais que podem alcançar R$ 843 milhões até o final deste ano.